Brasil pode desistir de caças Gripen e comprar F-16 usados; conheça os modelos

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu apenas sete caças até agora e está insatisfeita com os altos custos e com o atraso nas entregas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 17/06/2024 10h33
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Imagem: Soos Jozsef/Shutterstock
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A negociação para a compra de caças Gripen pelo governo brasileiro se tornou uma verdadeira novela. Até agora, a Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu apenas sete aeronaves e está insatisfeita com os altos custos e o atraso no cronograma de entregas da sueca Saab. Por isso, está buscando alternativas.

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Modelo F-16 (Imagem: divulgação/Força Aérea dos EUA/Tech. Sgt. Matthew Lotz)

F-16 são inferiores, mas adequados às necessidades brasileiras

  • A FAB confirmou que está estudando a aquisição de um lote usado de aeronaves norte-americanas F-16.
  • A entidade explica que não existe nenhuma negociação em andamento, com apenas o levantamento de preços sendo realizado para verificar a viabilidade da operação.
  • Esta seria uma alternativa tampão visando substituir os aviões de ataque Embraer AMX, que começarão a ser desativado na base em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no fim de 2025.
  • A vantagem é que o F-16 sobra em estoques mundo afora, o que garantiria uma entrega rápida.
  • No total, seriam adquiridas 24 aeronaves.
  • Especialistas afirmam que o modelo é pior que o Gripen, mas considerado adequado às necessidades brasileiras.
Caça Gripen (Imagem: divulgação/Saab)

Pressão sobre os suecos

Em setembro do ano passado, o governo reduziu o pedido de caças Gripen e tentou negociar venda de aviões militares para Suécia. Já na oportunidade existia um grande receio com os atrasos nos cronogramas.

Isso não quer dizer, no entanto, que o Brasil vá desistir dos caças. Alguns analistas destacam que o anúncio da FAB tem como objetivo pressiona os suecos a melhorar as condições de uma negociação que está em curso desde o ano passado para a aquisição de mais aeronaves.

Até agora, o negócio custou 39,3 bilhões de coroas suecas, o que representa pouco mais de R$ 20 bilhões. O valor é financiado por 25 anos, mas a FAB precisa pagar adiantado parcelas que serão abatidas depois.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.