Vênus de Brassempouy: escultura de 23.000 anos revela mistérios do passado

A Vênus de Brassempouy é uma escultura de marfim que representa uma mulher do Neolítico, datada de aproximadamente 23.000 anos atrás
Ana Luiza Figueiredo17/07/2024 14h14, atualizada em 22/07/2024 21h26
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Em 1894, dentro da Grotte du Pape em Brassempouy, França, foi descoberto um artefato extraordinário das profundezas da pré-história: a Vênus de Brassempouy. Esculpida a partir do núcleo de marfim de um dente de mamute, esta pequena figura, embora detalhada, oferece um raro vislumbre da habilidade artística e do simbolismo cultural das sociedades do Paleolítico Superior.

A Vênus de Brassempouy é um testemunho da habilidade artesanal antiga. Medindo apenas 3,5 centímetros de altura, esta representação realista de uma mulher, apelidada de “A Dama com Capuz”, apresenta diversos detalhes minuciosos.

Entre eles, está um adorno entalhado em forma de xadrez na cabeça e elementos faciais distintos como pupilas, testa, nariz e queixo. Tal realismo a distingue como uma das representações mais antigas de um rosto humano na história da arte, de acordo com especialistas do Museu Arqueológico Nacional da França.

Escultura da Vênus de Brassempouy de frente e por cima
Adorno entalhado em forma de xadrez na cabeça da escultura. (Imagem: National Archaeological Museum)

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Importância cultural e mistérios da Vênus de Brassempouy

  • Embora o propósito exato da Vênus de Brassempouy ainda seja desconhecido, estudiosos especulam sobre seus possíveis significados dentro da sociedade do Paleolítico Superior.
  • Como outras Vênus contemporâneas, frequentemente associadas ao simbolismo da fertilidade, este artefato pode ter tido significado ritualístico ou cerimonial.
  • Sua descoberta sublinha a complexidade cultural e a sofisticação artística das comunidades humanas antigas, oferecendo informações sobre suas crenças e estruturas sociais.
  • Apesar de sua idade e habilidade artesanal, mistérios envolvem a Vênus de Brassempouy. Pesquisadores propõem que a escultura era parte de um conjunto maior, possivelmente ligada a um corpo cujos restos ainda não foram descobertos.
  • Este aspecto enigmático alimenta debates contínuos entre arqueólogos e antropólogos, promovendo investigações mais profundas sobre a vida e as práticas de nossos antepassados antigos.
Escultura da Vênus de Brassempouy de lado
Mais imagens da escultura. (Imagem: National Archaeological Museum)

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.