Colisão de nave com asteroide gerou detritos que podem atingir a Terra

Detritos gerados pela colisão da DART com o Dimorphos pode fazer pedaços do asteroide virem em direção à Terra
Por Lucas Soares, editado por Bruno Capozzi 23/08/2024 11h13, atualizada em 26/08/2024 21h12
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Em setembro de 2022 a NASA colidiu uma espaçonave com o asteroide Dimorphos, como parte da missão DART. A rocha espacial não apresentava risco nenhum para a Terra, mas a intenção era testar a capacidade de defesa do nosso planeta caso, um dia, realmente seja preciso desviar um objeto do tipo. Agora, cientistas descobriram que restos dessa colisão podem estar vindo a caminho da Terra, mas calma, não há perigo.

O que você precisa saber?

Antes que você se preocupe, o estudo publicado na arvix reunindo cientistas do mundo todo revelou que devem levar algumas décadas até os detritos chegarem na Terra e, quando isso acontecer, não haverá perigo, já que provavelmente eles são pequenos demais para causarem qualquer tipo de problema.

Representação artística da espaçonave Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA), que vai estudar o asteroide atingido pela missão DART, da NASA. Crédito: ESA/Gabinete de Ciência

Restos de asteroide podem criar nova chuva de meteoros 

“Espera-se que essas partículas mais rápidas sejam pequenas demais para produzir meteoros visíveis, com base em observações iniciais”, disse o pesquisador Peña-Asensio disse ao Universe Today.

Apesar disso, eles podem ser uma oportunidade. Continuar observando esses detritos será útil para mostrar se a DART causou uma nova chuva de meteoros. “Campanhas contínuas de observação de meteoros serão críticas para determinar se o DART criou uma nova chuva de meteoros (criada pelo homem) : as Dimorfídeos. As campanhas de observação de meteoros nas próximas décadas terão a última palavra”, completou o cientista.

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Essa chuva ainda deve demorar bastante ara chegar. Os cientistas estimam que as partículas ejetadas da colisão com a DART devem levar cerca de 13 anos para alcançarem Marte. Já a Terra só deve ser atingida daqui a cerca de 30 anos.

“Se esses fragmentos ejetados de Dimorphos atingirem a Terra, eles não representarão nenhum risco. Seu pequeno tamanho e alta velocidade farão com que eles se desintegrem na atmosfera, criando uma linda faixa luminosa no céu”, finaliza Peña-Asensio.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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