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Cachorros com uma coloração azul brilhante foram vistos recentemente transitando pela zona de exclusão de Chernobyl, na Ucrânia. Fotos e vídeos dos animais foram divulgados no Instagram pela organização sem fins lucrativos Clean Futures Fund. Segundo o grupo, três cães apresentaram a pelagem azulada, algo que ainda está sendo investigado.
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“Não sabemos o motivo e estamos tentando capturá-los para descobrir o que está acontecendo”, informou a organização. A principal hipótese é que os animais tenham entrado em contato com algum tipo de substância química. Apesar das suspeitas iniciais de contaminação radioativa, o caso parece ter uma explicação mais simples – e um pouco inusitada.
Em resumo:
- Três cães azuis foram vistos na zona de exclusão de Chernobyl;
- Organização investiga possível causa da coloração incomum;
- Suspeita-se que os animais tenham rolado em líquido azul de banheiro químico;
- Projeto Cães de Chernobyl monitora, alimenta e esteriliza os animais locais.
Brincadeira de cachorro
A principal suspeita é de que os cães podem ter se rolado em um líquido azul que vazava de um banheiro químico abandonado. O comportamento é comum em cachorros, que às vezes se deitam em substâncias com cheiro forte por instinto. A organização ressaltou que, até o momento, não há sinais de que o contato com o material represente risco grave à saúde dos animais.
A zona de exclusão de Chernobyl permanece quase desabitada desde o acidente nuclear de 1986, quando a explosão de um reator forçou a evacuação da cidade de Pripyat. Muitos moradores precisaram deixar seus animais para trás, e os descendentes desses cães e gatos vivem na região até hoje, aparentemente adaptados ao ambiente.
Desde 2017, o projeto Cães de Chernobyl, mantido pela Clean Futures Fund, monitora, alimenta e esteriliza os animais que vivem na área. Os três cães azuis foram avistados no início do mês durante uma das expedições do grupo. “Eles não ficaram azuis por causa da radiação”, garante a organização. “Devem ter apenas entrado em contato com uma substância colorida, e queremos capturá-los para que possamos esterilizá-los”.
A veterinária da iniciativa, Jennifer Betz, disse ao site IFLScience que a substância provavelmente não é tóxica. “Desde que eles não lambam o produto em excesso, deve ser praticamente inofensivo”, afirmou.
Leia mais:
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A incrível história dos cães de Chernobyl
Quase 40 anos após o desastre nuclear de Chernobyl, os descendentes dos cães abandonados durante a evacuação somam mais de 700. Esses animais vivem na zona de exclusão, adaptando-se ao ambiente entre ruínas e contaminação.
Em 2017, geneticistas e biólogos dos EUA começaram a monitorar esses cães para estudar os efeitos da radiação e da vida isolada. Os resultados, publicados em 2023 na revista Science Advances, mostram adaptações genéticas únicas que revelam a resistência surpreendente desses animais. Saiba mais aqui.
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