

Cerca de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana em parceria com o laboratório alemão BioNTech, devem ser disponibilizadas para o Brasil em 2021. A informação vem do Ministério da Saúde que, em nota, afirmou que deve assinar uma carta de intenção de compra ainda nesta semana.
“O governo brasileiro e a Pfizer avançam nas tratativas na intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTech contra a Covid-19, a ser fornecida em 2021. Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, informou o ministério, sem se comprometer com uma data definitiva de oferta do imunizante.
Vale citar que, na última semana, o Ministério da Saúde anunciou as práticas de manutenção das vacinas em processo de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revelando uma discrepância com a medicação da Pfizer.
Segundo a pasta, o “preferível” era que as vacinas pudessem ser mantidas em temperaturas de 2º C a 8º C (ou “termoestáveis”, parafraseando o Ministério). O imunizante da farmacêutica americana exige resfriamento a -70º C.
Segundo reportagem veiculada pelo programa Bem Estar, da TV Globo, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, esteve em reunião com representantes da Pfizer e outros técnicos jurídicos.
Mais além, uma reportagem do jornal Washington Post afirmou que a Pfizer disse ao governo dos Estados Unidos que não poderia fornecer doses adicionais da vacina até julho de 2021, porque “outros países” estavam com pedidos em fila.
Com a Pfizer de volta às considerações, o Brasil agora conta com cinco vacinas em processo de aprovação para imunização contra a Covid-19. Em São Paulo, o governo do estado segue em processo de aprovação da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O governador João Dória (PSDB-SP) confirmou, no início da semana, que a vacinação no estado deve começar em 25 de janeiro de 2021, mas a vacina ainda não tem aprovação da Anvisa.
Além destas, o Paraná assinou parceria com o governo russo para desenvolvimento local da vacina Sputnik V. No Distrito Federal, a vacina belga produzida pelos laboratórios Janssen está em fase de testes. Finalmente, a vacina da farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford tem a preferência do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, aliás, comunicou em seus perfis nas redes sociais, nesta segunda (7), que “o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória”, condicionando a premissa à aprovação técnica da Anvisa. O presidente, porém, não se referiu a nenhuma vacina em específico.
Fonte: G1 / Washington Post