Recentemente, a missão Chang’e 5 foi responsável por trazer amostras da Lua para a Terra. Após duas naves se separarem – uma delas sendo a cápsula de retorno que pousou por aqui -, o orbitador continuou na órbita terrestre. Eis que a China decidiu dar uma sobrevida para a missão. Desta vez, com o objetivo de estudar o Sol.
Para que isso seja possível, o equipamento se posicionará dentro da órbita terrestre em um dos chamados Ponto de Lagrange, que é um local em que há um ponto gravitacional estável entre a Terra e o Sol. Ao chegar a um desses pontos, o orbitador ficará por lá e, com a ajuda de uma câmera, poderá capturar fotos para auxiliar na análise de dados.
A nave deixou a órbita lunar em 12 de dezembro trazendo, além da cápsula que chegaria à Terra, as amostras coletadas. As duas naves se separaram a cinco mil quilômetros de altitude em 16 de dezembro, quando a cápsula reentrou na atmosfera e o orbitador continuou por lá.
Ao todo, são cinco Pontos de Lagrange, três instáveis e dois estáveis. Estima-se que, com base em referências solares, o orbitador esteja próximo de L1. No entanto, não deve permanecer muito tempo por lá.

Segundo Hu Hao, designer-chefe do programa espacial, a equipe responsável pelo projeto decidirá o destino da missão estendida – se será L4 ou L5, os pontos considerádos estáveis.
Ainda de acordo com Hao, o equipamento conta com mais de 200 quilos de propelente, isso é o suficiente para que manobras sejam realizadas se necessário e a missão seja estendida.
Extensão de missões espaciais
Essa não é a primeira vez que a China decide estender uma missão. Anteriormente, o país decidiu usar a Chang’e 2 para sobrevoar o asteroide 4179 Toutatis – seu objetivo original era o de mapear a Lua. Em seguida, a Chang’e 3 ficou no Ponto de Lagrange L2 tirando fotos da Terra e de nosso satélite natural.
Via: SpaceNews