Um relatório da Space Capital mostra que os investimentos na indústria aeroespacial cresceram no último trimestre de 2020, se recuperando de uma grande desaceleração no segundo trimestre causada pela pandemia de Covid-19

No geral, a indústria aeroespacial recebeu US$ 5,7 bilhões em investimento, com um total de US$ 25,6 bilhões no ano. Empresas de capital de risco (Venture Capital) investiram US$ 15,7 bilhões em 250 empresas do setor em 2020.

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Uma informação surpreendente foi que o investimento em empresas de infraestrutura aeroespacial, entre elas fabricantes de foguetes como a SpaceX e a Relativity Space, chegou a um recorde de US$ 8,9 bilhões.

Um Falcon 9, da SpaceX, pronto para o lançamento. Empresa foi uma das que se beneficiou de investimentos recorde em 2020
Um Falcon 9, da SpaceX, pronto para o lançamento. Empresa foi uma das que se beneficiou de investimentos recorde em 2020. Créditos: SpaceX

No último ano, várias empresas da indústria aerospacial anunciaram intenção de abrir seu capital. “Esperamos ter pelo menos mais algumas empresas de capital aberto para adicionar à ETF (Exchange Trade Fund) em 2021”, disse Chad Anderson, fundador da Space Capital.

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O relatório recomenda que os interessados no setor fiquem de olho na concorrência entre a Amazon e a Microsoft, já que ambas estão cortejando empresas da indústria aeroespacial para que usam sua infraestrutura na nuvem.

As gigantes estão simplificando o uso de ferramentas de análise, o que permite o processamento de dados de forma fácil e rápida, o que pode abrir portas para que novos clientes as adotem.

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Simulador Orbital para cortejar a indústria aeroespacial

Em outubro passado a Microsoft anunciou o lançamento do Azure Orbital Emulator um ambiente que pode simular o comportamento e operação de imensas constelações de satélites e interação entre software e hardware.

Segundo a Microsoft, isso permitirá aos fabricantes de satélites testar algoritmos de IA e sistemas de rede sem lançar nem sequer um satélite. O Azure Orbital Emulator pode até mesmo gerar cenários em tempo real usando imagens de satélite coletadas previamente, para que possam ser processadas por hardware real ou virtualizado em aplicações de observação terrestre.

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“Nossa abordagem ajuda nossos clientes a lidar com alguns dos desafios tecnológicos mais difíceis relacionados ao espaço: processar a vasta quantidade de dados gerada por satélites, levar serviços de rede e banda larga aos locais mais remotos e projetar sistemas espaciais altamente complexos”, diz Tom Keane, vice-presidente corporativo da Azure Global.

“Junto a nosso ecossistema de parceiros que podem nos ajudar a trazer estes dados ao solo mais rapidamente, estamos facilitando obter conhecimento e fazer conexões que não eram possíveis antes”, completa.

Fonte: Axios