Blue Origin adia primeiro voo de seu foguete New Glenn

Por Rafael Rigues, editado por Flávio Pinto 25/02/2021 16h25, atualizada em 25/02/2021 16h32
Ilustração de um foguete New Glenn, da Blue Origin, na plataforma de lançamento
Ilustração de um foguete New Glenn, da Blue Origin, na plataforma de lançamento
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Blue Origin, empresa especial fundada pelo bilionário Jeff Bezos, adiou os planos para o primeiro voo do New Glenn, um novo foguete que está desenvolvendo para missões na órbita da Terra.

Originalmente programado para o final de 2021, o lançamento agora irá ocorrer no quarto trimestre de 2022. Um dos motivos para a mudança foi o fato de que o New Glenn não foi selecionado para um contrato com a Força Espacial dos EUA para o lançamento de “missões de segurança nacional”.

O contrato se iniciaria no início de 2022, por isso havia pressão para concluir o desenvolvimento e testes antes disso. Mas sem ele, o cronograma foi ajustado para se adequar à demanda dos clientes comerciais da Blue Origin.

Recentemente a empresa postou no Twitter um vídeo onde mostra a fábrica de foguetes que construiu próxima à plataforma de lançamento 36 em Cabo Canaveral, na Flórida, onde o New Glenn está sendo montado. A Blue Origin afirma ter investido US$ 2,5 bilhões em instalações e infraestrutura que irão suportar seus lançamentos no futuro.

Quando pronto, o New Glenn será capaz de colocar uma carga de 45 toneladas em órbita baixa ao redor da Terra, o dobro das 22 toneladas de um Falcon 9 “Full Thrust”, mas menos que as 65 toneladas de um Falcon Heavy.

Em setembro passado a Blue Origin quebrou o recorde de reutilização de foguetes com seu New Shepard, que voou e retornou à Terra sete vezes. Um mês depois, a SpaceX igualou a marca de sua concorrente com o voo de um Falcon 9. 

Vale lembrar que o New Shepard e o Falcon 9 são diferentes: o foguete da Blue Origin foi projetado para voos suborbitais, principalmente voos turísticos, enquanto o Falcon 9 é muito mais poderoso, capaz de colocar carga em várias posições em órbita da Terra e também de levar carga e tripulação à Estação Espacial Internacional.

Fonte: TechCrunch

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital

Redator(a)

Flávio Pinto é redator(a) no Olhar Digital