A aquisição da Zenimax Media, que faz da Bethesda oficialmente uma propriedade da Microsoft, finalmente recebeu a aceitação da União Europeia (UE). O bloco econômico aprovou a transação sem ressalvas, por entender que ela “não levantava nenhuma suspeita em relação à sua compatibilidade com o mercado comum”. A compra foi originalmente anunciada em setembro de 2020

A Zenimax é a empresa proprietária da Bethesda, e agora a Microsoft ganha acesso a diversos estúdios menores e suas respectivas propriedades intelectuais: além da própria Bethesda (que assina jogos como ‘Skyrim‘ e ‘Fallout‘), o acordo inclui também a Arkane Studios (‘Dishonored’), MachineGames (‘Wolfenstein’), id Sofware (‘Doom‘) e Tango Gameworks (‘The Evil Within’).

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Imagem mostra cena do jogo "The Elder Scrolls: Skyrim", criado pela Bethesda. Estúdio foi recentemente comprado pela Microsoft
Com a compra da Bethesda, Microsoft passa a ser “dona” de jogos como “Skyrim” (foto), porém independência dos jogos deve ser preservada. Imagem: Bethesda Softworks/Divulgação

“A comissão concluiu que a aquisição proposta não levantaria preocupações, considerando a posição limitada da entidade combinada [Zenimax] no mercado, bem como a forte presença de concorrentes na distribuição de videogames”, disse a comissão da UE responsável pela avaliação, em um comunicado. “A transação foi examinada sob procedimentos normais de análise de fusões e aquisições”.

Com o negócio fechado, a Microsoft agora torna-se dona de 23 estúdios “first-party”. Em 2018, a empresa também adquiriu pelo menos outros cinco estúdios: Ninja Theory (‘Heavenly Sword’ e ‘Enslaved: Journey to the West’), Compulsion Games (‘We Happy Few’), Playground Games (‘Fable’, ‘Forza’), inXile Entertainment (‘Wasteland’, ‘Hunted: The Demon’s Forge’) e Obsidian Entertainment (‘Star Wars: Knights of the Old Republic 2’, ‘Alpha Protocol’, ‘Fallout New Vegas’, ‘Dungeon Siege III’).

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Vale lembrar, porém, que a Microsoft ter adquirido a Bethesda e outras propriedades da Zenimax não necessariamente implica na exclusividade de seus jogos ao Xbox: em novembro de 2020, Todd Howard, longevo diretor das franquias ‘Fallout’ e ‘The Elder Scrolls’, afirmou em entrevista que dificilmente seus jogos deixariam de ser lançados no em outras plataformas.

A questão da independência de ação é algo que a Microsoft vem priorizando recentemente – e deve se repetir com a Bethesda e os outros estúdios. Assim foi com o LinkedIn, o GitHub e o estúdio por trás de ‘Minecraft’, o Mojang. A própria Microsoft prometeu, ano passado, em honrar os compromissos de exclusividade de ‘Deathloop’ e ‘Ghostwire: Tokyo’, dois jogos produzidos por estúdios da Zenimax que terão exclusividade no PlayStation 5

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Fonte: European Comission