O hacker norte-americano Graham Ivan Clark se declarou culpado da acusação de liderar um ataque ao Twitter em julho passado e passará três anos na prisão. O golpe envolveu contas de personalidades como Elon Musk, Bill Gates, Barack Obama e Joe Biden em um esquema de roubo de Bitcoin.
Clark tinha 17 anos no momento do ataque, mas estava sendo processado como um adulto já que as leis da Flórida, onde reside, permitem que menores de 18 anos “sejam processados como adultos em casos de fraude financeira, quando apropriado”.
Quando o jovem foi preso, duas semanas após o ataque, o procurador estadual do condado de Hillsborough (Flórida), Andrew Warren, afirmou: “Ele é um garoto de 17 anos que aparentemente acabou de se formar no ensino médio. Mas não se engane, esse não é um garoto qualquer de 17 anos de idade. Este foi um ataque altamente sofisticado em uma magnitude nunca vista antes”, afirmou o procurador.
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O hacker já serviu 229 dias da sentença desde que foi preso. Como parte de seu acordo com a justiça, ele está sendo sentenciado como um “delinquente juvenil”, o que reduz a sentença. Ele também será proibido de usar computadores sem permissão e sem supervisão das autoridades.
Relembre o ataque
O golpe elaborado por Clarke e seus comparsas consistia em roubar as contas de pessoas proeminentes no Twitter e depois postar mensagens em seus nomes, direcionando as vítimas a enviar Bitcoin para uma carteira de criptomoedas específica.
A promessa é que qualquer quantia depositada nessa conta seria devolvida em dobro. A “oferta” seria válida apenas por 30 minutos, para incentivar a ação rápida e impensada dos seguidores. A procuradoria estadual da Flórida disse que Clark recolheu mais de US$ 100 mil em Bitcoin em apenas um dia.

De acordo com a investigação, Clark ganhou acesso às contas do Twitter e aos controles internos da plataforma de mídia social por meio de um funcionário da empresa. O hacker então vendeu o acesso a essas contas e usou as identidades de pessoas proeminentes para solicitar dinheiro na forma de Bitcoin.
Segundo o Twitter, das 130 contas que foram utilizadas durante o ataque, 36 tiveram suas DMs acessadas, incluindo uma do parlamentar holandês Geert Wilders. A empresa garantiu que “nenhum outro político eleito” estava entre elas.
Via: The Verge