Um grupo de cientistas russos acaba de implantar um telescópio gigante nas profundezas do lago gelado de Baikal, no sul da Sibéria. O objetivo dos pesquisadores é procurar pelos neutrinos, as menores partículas da matéria conhecidas pelo homem. 

Os neutrinos são subatômicos, não possuem carga elétrica e quase não têm massa. Apesar de estarem por toda parte, eles são quase indetectáveis, já que interagem de maneira muito fraca com as forças que estão ao seu redor. 

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Detectores de neutrino são construídos no subsolo porque eles precisam ser protegidos de raios cósmicos e outras fontes de interferência. Um local com água doce, clara e coberta por uma grossa camada de gelo é perfeito para este tipo de pesquisa. 

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Por conta disso, foi necessário que os cientistas instalassem o telescópio, que foi batizado como Baikal-GVD, no lago de mesmo nome. Isso acontece também porque o lago siberiano é o mais profundo do mundo, com nada menos que 1.700 metro de profundidade. 

O detector de neutrinos foi implantado a cerca de quatro quilômetros da margem do lago. A operação foi realizada em 13 de março, quando os módulos feitos com cordas, esferas de vidro e aço inox foram baixados a 1.300 metros de água congelada.

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Telescópio Baikal-GVD é o segundo maior detector de neutrinos. Baikal-GVD Research

Esta não é a primeira vez que cientistas russos procuram por neutrinos embaixo do Baikal, na verdade, essa procura acontece desde 2003. Porém, o Baikal-GVD é o maior instrumento que já submergiu dentro do lago. Além de neutrinos, o equipamento também deve procurar por matéria escura e outras partículas exóticas. 

Porém, apesar de ser um instrumento grande, com cerca de meio quilômetro cúbico, o Baikal-GVD está longe de ser o maior detector de neutrinos já construído. Este título fica com o IceCube South Pole Neutrino Observatory, que possui um quilômetro cúbico. 

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Mas os russos não se dão por vencidos e pretendem expandir o instrumento, fazendo que ele chegue ao tamanho e capacidade de detecção do IceCube ou até mesmo o ultrapasse nos próximos anos. 

Com informações do Live Science 

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