Acidente vascular é efeito colateral raro da vacina de Oxford, mas imunizante deve ser usado, diz agência

Por Lucas Soares, editado por Lyncon Pradella 07/04/2021 16h26, atualizada em 07/04/2021 16h55
Vacina da Oxford/AstraZeneca
Ascannio/Shutterstock
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) confirmou que em raras exceções a vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca pode causar um acidente vascular. Ainda sim, como são casos isolados, o uso do imunizante deve ser liberado.

“O comitê de segurança da EMA concluiu que coágulos sanguíneos incomuns com baixo teor de plaquetas devem ser listados como efeitos colaterais muito raros”, diz o comunicado divulgado pelo órgão, recomendando que o imunizante continue sendo usado para prevenir casos graves de Covid-19 e mortes provocadas pelo coronavírus.

Apesar disso, no anúncio feito nesta quarta-feira (7), a EMA informou que não encontrou o motivo que causa o acidente vascular após tomar a vacina, portanto não soube indicar uma forma de preveni-lo. Ainda sim, a agência reitera que os benefícios da vacina superam de forma ampla os efeitos colaterais.

Vacina de Oxford e acidente vascular

Os casos investigados também não apresentaram algum tipo de relação entre idade, sexo e histórico dos pacientes afetados. No Reino Unido, pelo menos sete mortes por coágulos após a vacinação com o imunizante de Oxford foram detectados.

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A EMA é como se fosse a Anvisa da União Europeia, responsável por liberar o uso de medicamentos e vacinas em mais de 30 países. O imunizante de Oxford também chegou a ter sua aplicação suspensa na África do Sul, após indícios de que ele não combatia a variante local da Covid-19.

No Brasil, o produto é uma dos dois imunizantes atualmente em distribuição por aqui. O envase acontece na Fiocruz, no Rio de Janeiro. A relação entra a vacina de Oxford e casos de acidente vascular é investigada pela Anvisa desde março, quando surgiram os primeiros relatos.

De acordo com Peter Arlett, chefe de farmacovigilância da EMA, além da de Oxford, há casos ainda de pessoas que tiveram acidente vascular com os produtos da Pfizer, da Moderna e da Janssen, mas os números são extremamente pequenos, o que impede qualquer tipo de análise.

Via Folha de S.Paulo

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.