Mais de 530 milhões de dados de usuários do Facebook vazaram. Ao saber que tinha sido uma das vítimas, o jovem Zamaan Qureshi quis saber que tipos de dados sobre ele a plataforma mantém armazenados e publicou um vídeo que viralizou no Twitter mostrando os resultados de sua busca.

O estudante da American University faz parte da organização The Real Facebook Oversight Board, que critica a coleta de dados da rede social. Ele descobriu que suas informações foram incluídas no vazamento depois de usar o novo recurso de pesquisa de número de telefone no site “Have I Been Pwned”.

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Qureshi disse que ficou “surpreso ao saber que o Facebook o está seguindo em toda a Internet“. A gravação de tela que acompanha o tweet mostra dezenas de pastas e subpastas com informações sobre a navegação do usuário.

Coleta de dados do Facebook

O jovem baixou seus dados por meio da guia Configurações no Facebook “Estou ciente de que o Facebook coleta dados do usuário quando você não está na plataforma do Facebook e isso era preocupante para mim”, disse em entrevista ao Newsweek.

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No vídeo estão presentes informações extraídas de aplicativos cujo login foi feito usando sua conta do Facebook, mas que não estão dentro da rede social. As empresas dizem que o compartilhamento desses dados é para “personalizar a experiência do usuário”.

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De acordo com o Facebook, dados de navegação fora da rede social são usados para fins de “medição e para fazer melhorias em nossos sistemas de anúncios”. No entanto, a plataforma ressalta que o sistema pode ser desconectado de uma conta caso a opção de rastreamento seja desligada nas configurações.

O problema é que ao desconectar o rastreamento futuro, todos os aplicativos logados com o Facebook são desconectados e o usuário só pode voltar a fazer o login caso mude a opção de compartilhamento de dados. A rede social ainda explicou para o Newsweek que esse tipo de informação não está presente no vazamento de 2019.