Parceiras desde 2016, a Intel e a PrograMaria – organização que visa empoderar mulheres por meio da tecnologia – anunciam uma nova iniciativa para levar maior diversidade e inclusão para o mercado de trabalho, a #MaisDiversidadeNaTecnologia. A ideia é capacitar e trazer mais mulheres negras e pessoas trans para a área de tecnologia.
Para tal, serão distribuídas até 400 bolsas de estudo exclusivas para mulheres, pessoas trans e travestis, priorizando a população negra, no curso online Eu ProgrAmo, de introdução à programação front-end. As inscrições podem ser feitas por este site.
As participantes terão acesso a palestras educativas sobre transição de carreira, painéis de diversidade, sessões de mentoria semestrais com líderes da Intel, entre outras atividades.
A ação contará ainda com consultoria da TransEmpregos, maior e mais antigo projeto de empregabilidade de profissionais trans, que tem como uma das fundadoras a cartunista Laerte Coutinho.
“A pauta da diversidade na tecnologia só faz sentido dentro de uma visão que abrange a pluralidade das pessoas! Muitas ações falam em diversidade, mas só contemplam mulheres brancas, cis, heterossexuais… Essa iniciativa é importante para reforçar que a tecnologia é melhor quando é para todas”, ressalta Iana Chan, fundadora da PrograMaria.
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Desigualdade de salários
O Senado aprovou recentemente um projeto de lei que prevê multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres com as mesmas funções. Como já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, o PLC 130/2011 agora segue para a sanção presidencial.
Se aprovado por Jair Bolsonaro (sem partido), o projeto de lei vai obrigar que as empresas enquadradas compensem a funcionária alvo da discriminação com o valor correspondente a até cinco vezes a diferença verificada. Esta indenização ainda será multiplicada pelo período de contratação da colaboradora, mas o limite máximo será de apenas cinco anos.
Embora a medida seja um grande avanço para diminuir a desigualdade de gênero presente no âmbito corporativo, é preciso observar a demora na tramitação do projeto de lei: foram necessários dez anos para que a PL, proposta pelo ex-deputado Marçal Filho (MS), fosse aprovada pelo Senado.