Covid-19: 16 mil pessoas podem ter tomado segunda dose de vacina diferente da primeira

Por Lucas Soares, editado por Lyncon Pradella 23/04/2021 09h21, atualizada em 23/04/2021 15h01
Braço recebendo vacina
Vacina Covid-19/Tong_stocker/Shutterstock
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De acordo com informações do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, pouco mais de 16 mil brasileiros podem ter tomado a segunda dose de uma vacina diferente da primeira. Ou seja, a pessoas foi imunizada na primeira dose com a AstraZeneca e na segunda com a Coronavac ou vice-versa.

Até o momento, não há estudos conclusivos sobre a eficácia de tomar dois imunizantes diferentes contra Covid-19. O levantamento foi divulgado pela Folha de S.Paulo e mostra que 14.719 pessoas tomaram a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Coronavac. Um número bem menor, 1.735, pessoas fizeram um caminho inverso. Essas são as únicas vacinas disponíveis atualmente no Brasil.

Doses de vacina diferente

O Ministério da Saúde recomenda que a segunda dose de uma pessoa seja reservada assim que ela toma a primeira, para não faltar e não atrasar o cronograma de imunização. Apesar disso, a pasta não indica preferência por nenhuma vacina e quem for tomar deve receber o produto que estiver disponível no ponto de vacinação.

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De acordo com as informações, as trocas foram registradas em pessoas que receberam a primeira dose no período de 17 de janeiro a 17 de fevereiro, primeiro mês de vacinação, e voltaram para a segunda dose até o começo de abril. 3,5 milhões tomaram o imunizante nesse período, dessas, 16.512 receberam uma vacina diferente na segunda vez em que foram ao posto.

Segundo o Ministério da Saúde, é de responsabilidade dos estados e municípios garantirem que as duas doses da vacina sejam aplicadas da forma correta. A pasta ainda disse que recebeu 481 ocorrências de trocas de imunizantes.

Receber uma segunda dose de vacina diferente da primeira vai contra as orientações das fabricantes. Além de serem produtos diferentes, os imunizantes possuem intervalos distintos. Enquanto a Coronavac demanda um intervalo de até 28 dias, a AstraZeneca precisa de até 90 dias.

Via Folha de S.Paulo

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.