Para poder viajar para determinados países, não basta provar que você recebeu vacina contra a Covid-19. Em alguns deles, a permissão de entrada depende do tipo de imunizante que o turista tomou. É o caso da União Europeia, por exemplo, que dará passe livre apenas para visitantes vacinados com fórmulas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Assim, pessoas que receberam as vacinas contra Covid-19 das fabricantes chinesas Sinovac e Sinopharm, provavelmente serão impedidas de entrar na região. Isso pode causar sérias consequências para a atividade empresarial global e para a retomada do turismo no mundo.

Vacina covid-19
Certificado digital para permitir livre circulação de cidadãos vacinados, testados ou recuperados da Covid-19. / Imagem: Rarrarorro – Shutterstock

Deputados do Parlamento Europeu informam que serão votadas nesta quarta-feira (28) novas regras do certificado digital para permitir livre circulação de cidadãos vacinados, testados ou recuperados da doença. O objetivo é conseguir acordo para facilitar os deslocamentos de pessoas pelos países da Europa em pleno verão.

Outro país europeu que rejeita certas vacinas contra Covid-19 é a Islândia. Vacinas da China e da Rússia não fazem parte da lista de fórmulas aprovadas para entrada no território insular nórdico.

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Vacina covid-19
Vacinas da China e da Rússia não fazem parte da lista de fórmulas aprovadas para entrada de turistas na Islândia. / Imagem: Benny Marty – Shutterstock

Para Nicholas Thomas, professor do núcleo de segurança sanitária da Universidade da Cidade de Hong Kong, “uma divisão global das pessoas com base na adoção da vacina só vai exacerbar e perpetuar os efeitos econômicos e políticos da pandemia”. Thomas acrescenta que “há o risco de o mundo ser dividido em celeiros de vacinas com base no nacionalismo de imunizantes, em vez da necessidade médica”.

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Se por um lado, as vacinas contra Covid-19 chinesas ainda não foram aprovadas nos EUA ou na Europa Ocidental, por outro, até agora, a China só admite as vacinas locais. O país, que tem tentado a todo o custo promover seus imunizantes contra a Covid-19, instituiu uma nova medida para flexibilizar a entrada de todos os estrangeiros que aceitem ser inoculados com suas fórmulas.

Essas restrições podem ser devidas, especialmente, às diferentes taxas de eficácia entre os imunizantes. O problema é que a possibilidade de as pessoas enfrentarem limitações para viajar, mesmo que totalmente imunizadas, podem acarretar consequências para a atividade empresarial internacional e para o setor de turismo.

Reconhecimento de vacinas é fundamental para países dependentes do turismo, já que o setor global de viagens está efetivamente paralisado desde o início da pandemia.

Fonte: ZAP aeiou