Google cria “seção de segurança” para maior transparência de apps na Play Store

Novidade vai listar dados pessoais que aplicações da loja online da empresa possam coletar, como localização ou agenda de contatos
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 07/05/2021 16h36
Play Store
Imagem: East pop/Shutterstock
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Para fins de maior transparência, o Google passará a exigir que desenvolvedores de aplicativos na Play Store preencham o que a empresa vem chamando de “seção de segurança”, na qual apps deverão listar informações potencialmente pessoais (porém não privadas) que possam coletar. O anúncio foi feito ontem (6), durante o “Dia Mundial das Senhas”.

Basicamente, é uma ampliação da descrição técnica de um app, onde desenvolvedores deverão informar se o software a ser baixado faz a coleta de dados como localização (precisa ou aproximada), nome completo do usuário da conta que está fazendo o download, agenda de contatos telefônicos e fotos, vídeo, áudio ou outros arquivos do armazenamento interno. Além disso, os desenvolvedores deverão explicar como tais informações serão utilizadas pelo app.

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Imagem mostra a tela inicial daPlay Store, do Google, cujos apps hospedados passarão a exigir uma "seção de segurança" listando dados coletados
Nova seção na descrição de apps da Play Store requer a lista completa de dados coletados e quais as suas finalidades. Imagem: ThomasDeco/Shutterstock

“Os desenvolvedores concordam que as pessoas devem ter [acesso à] transparência e controle de seus dados. E que eles ofereçam a comunicação com a segurança de um app de maneira fácil de compreender e ajudar os usuários a tomar decisões informadas sobre como seus dados são utilizados”, disse o Google, em um post em seu blog oficial.

Mais além, a empresa também dará oportunidade para que desenvolvedores informem outros detalhes adicionais, como se o aplicativo usa práticas de segurança avançadas (por exemplo: criptografia de ponta a ponta), se está de acordo com a política familiar estipulada pela empresa de Mountain View, ou se as permissões pedidas pelo aplicativo são obrigatórias ou o usuário pode ignorá-las e continuar usando-o, entre outros.

A nova política que implementa a seção de segurança será obrigatória, incluindo para os aplicativos “first party”, ou seja, aqueles que o próprio Google desenvolve. A empresa também promete penalidades para aplicativos e desenvolvedores que forem flagrados mentindo nas informações prestadas – embora não tenha detalhado que tipo de punição será aplicada.

O Google disse que a nova política entrará em efeito “neste verão”, o que, no calendário norte-americano de 2021, contempla o período entre 21 de junho até 22 de setembro.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital