Nesta quinta-feira (3) é comemorado o Dia Mundial da Bicicleta e, acompanhando a data, a Tembici anunciou uma iniciativa para implementar ao menos mais 10 mil bikes compartilhadas em seus sistemas até o fim de 2022.
A ação vai ao encontro do compromisso firmado pela empresa para fomentar práticas de Governança Ambiental, Social e Corporativa (do inglês Environmental, Social and Corporate governance, ou apenas ESG).
Também como parte dessa estratégia, a companhia lança o “Vai Longe”, programa de aceleração de projetos que visa promover e estimular o uso da bicicleta nas cidades. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Associação Transporte Ativo, organização da sociedade civil voltada para qualidade de vida por meio do uso de transportes à propulsão humana.
Só nos primeiros meses deste ano, a startup registrou cerca de 7 milhões de deslocamentos realizados pelos usuários com as bikes. Para Tomás Martins, CEO e cofundador da Tembici, esse é o tipo de marca que motiva a empresa a continuar com o trabalho de criar cidades inteligentes e, como ele mesmo afirma: “continuar investindo na revolução que sempre acreditamos”, conta.

Crédito: Tembici/Mariana Pekin
Há 10 anos em operação, a Tembici é uma das principais especialistas em tecnologia para micromobilidade. Atualmente, a startup possui operação em São Paulo, onde fica a sede da empresa, além de Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Riviera (litoral paulista), Salvador e Vila Velha e também no exterior, com Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile) na conta.
No ano passado, neste mesmo 3 de junho, a companhia anunciou o aporte de US$ 47 milhões em uma rodada série B liderada pelo Valor Capital Group e Redpoint eventures. O investimento também contou com a participação de grandes nomes como o International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial; e Joá Investimentos, que investiu anteriormente na startup e conta com o apresentador Luciano Huck como dono.
Com o aporte, veio a expansão dos projetos para a implementação de bikes elétricas, bem como diversas melhorias em tecnologia, conta Martins.
Somente em 2020, a Tembici registrou mais de 4 mil toneladas de CO2 economizados pelos usuários ao pedalar com as as bikes. Gases esses que, se fossem emitidos, necessitariam do plantio de aproximadamente 30 mil árvores para compensar, segundo análise da empresa.
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Com a meta ESG, a expectativa da Tembici é dobrar de tamanho até o final do próximo ano. Para isso, há também investimentos na expansão do número de estações – chegando em novas regiões e cidades, como Brasília.
Para completar os planos, a empresa irá continuar investindo fortemente em tecnologia, além de acréscimo substancial no número de bicicletas e e-bikes – os modelos elétricos lançados em setembro de 2020 e cujas unidades foram, em parte, destinadas ao projeto em conjunto com o iFood, para possibilitar o delivery mais ecológico.
Nos últimos meses a Tembici disponibilizou mais de 1 mil bicicletas elétricas em seu sistema e, dessas, metade foi destinada ao iFood Pedal, em São Paulo, onde são usadas por cicloentregadores. O restante foi disponibilizado ao sistema Bike Rio.
Com um mês de operação, iniciada no fim de setembro de 2020, o projeto com o iFood registrou em um mesmo dia mais de 3 mil viagens. Em fevereiro deste ano, superou a marca e registrou 4 mil viagens em um único dia – o equivalente a um crescimento de 45% do número de viagens desde o lançamento.
Segundo a empresa, a bike elétrica não ajuda apenas o ecossistema, mas também os entregadores, uma vez que o modal facilita deslocamentos mais longos em menor tempo, e menor esforço de pedalada.

Programa de Aceleração “Vai Longe”
Por meio do site do programa Vai Longe, pessoas físicas e jurídicas podem submeter seus projetos até o dia 20 de junho. Além do cumprimento dos requisitos de documentação e adequação ao escopo de atuação, serão utilizados como critérios de avaliação: viabilidade técnica, viabilidade financeira, diversidade e acessibilidade, potencial de impacto, sustentabilidade, criatividade e inovação.
Serão considerados no processo de seleção, projetos que coloquem a bike como protagonista, seja por meio de educação e conscientização no trânsito, promoção direta ao uso do modal ou até mesmo projetos de estudos e pesquisas para disseminação de conhecimentos sobre mobilidade urbana.
“Da mesma forma que a Tembici nasceu de um trabalho universitário de conclusão de curso, acreditamos muito no potencial de projetos que podem ampliar o uso da bike e queremos dar a oportunidade de saírem do papel e fazerem a diferença para as cidades”, complementa o CEO.
Para Zé Lobo, diretor executivo da Transporte Ativo, a bike tem ganhado espaço no momento que estamos vivendo, que ele define como “repleto de desafios” e que demanda a busca por soluções.
“A bike tem ganhado protagonismo e melhorado a vida de muitas pessoas que dependem do modal para deslocamentos e até como fonte de renda. O mercado da magrela cresceu 26% na pandemia. O ‘Vai Longe’ traz incentivo fundamental para a mobilidade urbana e para quem busca uma chance de inserir projetos incríveis no mercado. É uma honra estar mais uma vez junto à Tembici em uma nova parceria em prol da mobilidade ativa”, encerra.