Uma análise de diversos anúncios de emprego divulgados por fornecedores da Apple na China revelou que as empresas estão discriminando grupos étnicos minoritários chineses, embora tal discriminação seja ilegal sob a lei chinesa e configure uma violação das regras da própria Apple.
Segundo o The Information, as empresas também não permitem que mulheres com mais de 40 anos ou com cabelos tingidos e tatuagens participem dos processos seletivos.
A denúncia inclui montadoras de uma série de dispositivos da empresa de Cupertino como a Foxconn Technology, além de fabricantes de placas de circuito, lentes para câmeras, baterias, cabos de dados, embalagens, dentre outros.
Enquanto negam emprego formal, o artigo também revela que algumas companhias como a Lens Technology, Luxshare e Suzhou Dongshan Precision Manufacturing, que fabricam vidros para o iPhone, AirPods e outros componentes, já foram acusadas no passado pelo uso de trabalho forçado.
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Muitos dos anúncios, segundo a publicação, foram colocados por agências de recrutamento terceirizadas. Em resposta, a empresa de Tim Cook disse que monitora os anúncios de emprego em busca de discriminação. Ao longo de 2021, a companhia declarou que já removeu 300 anúncios ilegais.
Acusação de trabalho forçado
Alguns fornecedores da Apple estão sob acusação de trabalho forçado na confecção de componentes. A informação foi divulgada pelo The Information, que entrevistou diretores de organizações de combate ao trabalho escravo na China.
Segundo as entidades, empresas como a Advanced-Connectek, que vem trabalhando na criação de componentes para a Apple nos últimos 20 anos, se valem de programas sociais do governo para oferecer condições subumanas de trabalho.
A Advanced-Connectek, conforme a reportagem, também atende outras gigantes como a Amazon, Google, Microsoft e Facebook.
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