Beber café diariamente reduz o risco de morrer por doenças no fígado

Por Lucas Soares, editado por André Lucena 23/06/2021 09h19, atualizada em 23/06/2021 10h44
Beber café diariamente reduz o risco de morrer por doenças no fígado
Imagem: Polina Lebed (Pixabay)
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O café pode ser um importante aliado na hora de evitar mortes por doenças hepáticas. Um estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, concluiu que tomar entre três e quatro xícaras da bebida diariamente reduz o risco de desenvolver doenças crônicas relacionadas ao fígado.

Os resultados mostram que, quem ingere café, possui 21% menos chances de desenvolver doença hepática crônica, 20% menos risco de contrair uma doença hepática gordurosa e ainda 49% menos chances de morrer por conta de uma doença hepática. Todos os dados são quando comparados com pessoas que não tomam a bebida.

Café aliado do fígado

“O café é amplamente acessível e os benefícios que vemos no nosso estudo podem significar que pode oferecer um potencial tratamento preventivo para doenças crônicas do fígado. Isso é especialmente valioso em países de baixo rendimento e com pior acesso à saúde, onde o fardo da doença hepática crônica é maior”, explica o Oliver Kennedy, autor do estudo e professor na Universidade de Southampton, em nota divulgada pela instituição.

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Os autores estudaram os dados do UK Biobank em 495.585 participantes com consumo conhecido de café, que foram acompanhados por uma média de 10,7 anos para monitorar quem desenvolveu doença hepática crônica e doenças hepáticas relacionadas. De todos os participantes incluídos no estudo, 78% (384.818) consumiam café moído ou instantâneo com cafeína ou descafeinado, enquanto 22% (109.767) não bebiam nenhum tipo de café.

Apesar dos bons resultados, os autores do estudo reforçam que não foram levados em conta mudanças na quantidade de café consumido pelos participantes durante os 10 anos e os dados são baseados na coleta feita quando eles entraram na pesquisa. Além disso, a maior parte dos voluntários são brancos e de classe econômica mais elevada, então os resultados podem ser diferentes em outros grupos étnicos e socioeconômicos. A intenção, no futuro, é ampliar o alcance do estudo.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.