A vacinação contra a Covid-19 já incluiu todos os idosos no Brasil e agora caminha para a imunização do público acima de 18 anos. No entanto, a eficácia das vacinas em pessoas com mais de 60 anos é menor. Com isso, já foi especulada a necessidade de uma dose extra de reforço em idosos. Apesar disso, até o momento, não há uma decisão oficial sobre o tema.

O caso já foi tratado inclusive pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que explicou a necessidade de um reforço da CoronaVac. Na Turquia a dose extra já é aplicada. Alguns países árabes também estão usando a Pfizer para reforçar a imunização. No entanto, qualquer dose extra poderia atrasar a vacinação dos outros grupos.

No Rio de Janeiro, a prefeitura estuda aplicar mais uma dose nos grupos mais vulneráveis ainda esse ano. “Primeiro, percebemos que haverá uma quantidade de doses disponíveis, adquiridas pelo governo federal. Já introduzimos um primeiro tema, que é a possibilidade de misturar a AstraZeneca com a Pfizer, entre as grávidas. Mas isso pode ser levado para outras pessoas, até para a totalidade da população”, disse o prefeito Eduardo Paes.

Dose extra para idosos

“Isso não está definido, é uma proposta formulada pelo comitê científico da prefeitura, com o secretário Daniel Soranz, e deve ser levada ao Ministério da Saúde. Inclusive, já falei sobre isso com o ministro Queiroga quando ele esteve aqui, na semana passada. Mas essa é uma decisão do Plano Nacional de Imunizações”, completou ainda.

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Em entrevista para o jornal O Globo, o infectologista Alberto Chebabo, membro do comitê científico do município, explicou que doses extras vão ser necessárias no futuro, principalmente em idosos, grupo em que a eficácia das vacinas é reduzida e a resposta imune é menos potente.

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“Quase a totalidade dos institutos produtores trabalha com a possibilidade da terceira dose. No fim do ano, já teremos uma grande quantidade de pessoas vacinadas há muito tempo. E sabemos que os idosos, os primeiros imunizados, têm, de modo geral, uma resposta menos potente à vacina. É muito provável que, para eles, a essa altura, já sejam indicadas três doses. Pelo próprio envelhecimento do sistema imune, maiores de 60 anos normalmente não respondem tão bem à imunização. Não só eles, mas outros públicos, como os imunodeprimidos”, disse para o jornal.

Outro ponto em debate atualmente é se essa dose extra para idosos seria de outra vacina. Um estudo de Oxford, por exemplo, indiciou que a vacina da AstraZeneca tem a eficácia aplicada quando a imunização é completada com a dose da Pfizer. A mistura também é usada em outros países.

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