Uma vacina para proteger contra a hepatite C pode chegar ao mercado e entrar em ampla utilização dentro de cinco anos. A afirmação é do professor Michael Houghton, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2020, justamente por descobrir o vírus causador da hepatite C. Houghton, inclusive, será um dos colaboradores no desenvolvimento do imunizante.
O cientista recebeu o título de cavaleiro da Ordem do Império Britânico, e é chamado de Sir. Michael Houghton. Atualmente, ele trabalha na Universidade de Alberta, no Canadá, e discutirá o desenvolvimento da vacina em uma apresentação especial no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID), que, este ano, será realizado de maneira remota.

A hepatite C é responsável por até duas milhões de novas infecções a cada ano, e atualmente, estima-se que existam em torno de 70 milhões de portadores do vírus no planeta. Acredita-se que a hepatite C seja responsável por cerca de 400.000 mortes anualmente, com muitos dos infectados desenvolvendo cirrose hepática e câncer de fígado.
“Embora o advento de antivirais de ação direta (DAAs) para curar a hepatite C tenha nos dado uma grande arma para virar a maré nesta pandemia, não há dúvida de que uma vacina é necessária para ajudar o mundo a atingir sua meta ambiciosa de reduzir novas hepatites Infecções por C em 90% e taxas de mortalidade em 65% até 2030”, declarou Houghton.
Por que vacinas?
Segundo o médico, o testes de fase 1 da vacina devem começar já em 2022, usando diferentes tecnologias, como RNA, como as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna e as tecnologias baseadas em adenovírus, como os imunizantes desenvolvidos pela AstraZeneca e Johnson & Johnson. Houghton está confiante que os testes em humanos já aconteçam entre 2023 e 2026.
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Houghton espera que as primeiras populações imunizadas sejam algumas bastante vulneráveis, como usuários de drogas injetáveis, que devem ser imunizados entre 2026 e 2027. Para 2029, a intenção é vacinar outros grupos de alto risco, como homens que fazem sexo com outros homens, profissionais de saúde e bebês cujas mães têm hepatite C.
com informações do Medical Xpress
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