Criador do dogecoin: criptomoedas só servem para deixar ricos mais ricos

Por Matheus Barros, editado por Tissiane Vicentin 15/07/2021 15h39
Ilustração de criptomoeda dogecoin
Stanslavs/Shutterstock
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Um dos criadores do dogecoin, Jackson Palmer, afirmou em seu Twitter que acredita que criptomoedas são uma invenção “hipercapitalista”, uma invensão “de direita” e que só servem para enriquecer pessoas que já possuem dinheiro.

O criador da moeda virtual tem uma visão tão crítica do recurso que, inclusive, não está mais no mercado de ativos digitais e, ainda de acordo com a mensagem no Twitter, sequer pretende retomar a ele algum dia.

Palmer afirmou, ainda, que é praticamente impossível debater sobre as criptomoedas e emitir críticas ao mercado dos ativos, pois as pessoas que controlam essa indústria ficam furiosas.

https://twitter.com/ummjackson/status/1415353985406406658?s=20

“Depois de anos estudando isso, acredito que a criptomoeda é uma tecnologia hipercapitalista inerentemente de direita, construída principalmente para ampliar a riqueza de seus defensores por meio de uma combinação de evasão fiscal, supervisão regulatória diminuída e escassez artificialmente imposta”, afirmou o executivo.

Em outro tuíte, Palmer critucou veemente a indústria das criptomoedas, afirmando que o mercado alavanca uma rede de conexões de negócios duvidosa, além de também envolver “influenciadores comprados e meios de pagamento em um jogo para perpetuar um culto do ‘fique rico rápido’, projetado para extrair dinheiro dos financeiramente desesperados e ingênuos”.

Palmer também relatou nas mensagens postadas no Twitter que “um poderoso cartel de figuras ricas” é responsável por controlar toda essa indústria.

Assim que a mensagem foi publicada, diversos usuários começaram a afirmar que Palmer estava se referindo ao CEO da Tesla, Elon Musk.

O nome do bilionário ficou em evidência especificamente porque sabe-se que, a cada mensagem postada em seu perfil no Twitter, Musk é conhecido por influenciar o valor de mercado do bitcoin e da própria dogecoin.

O empresário já fez, inclusive, com que o bitcoin fosse desvalorizado após se mostrar preocupado com o impacto ambiental provocado pela mineração do ativo.

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Também foi Musk quem ajudou a moeda a se recuperar quando se mostrou mais flexível com sua comercialização.

O bilionário, além disso, fez com que o dogecoin se tornasse a quarta maior criptomoeda do mundo depois de cogitar aceitar o ativo como método de pagamento para as viagens feitas à Lua pela SpaceX.

O dogecoin foi criado em 2013 a partir de um meme com a imagem de um cachorrinho da raça Shiba Inu. O que parecia uma simples brincadeira, ganhou presença no mercado graças aos embalos positivos alimentados por outras declarações de Musk.

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

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Tissiane Vicentin é redator(a) no Olhar Digital