Com o gasto energético da mineração de criptomoedas se tornando um assunto cada vez mais comentado em debates acerca desses ativos digitais, alguns mineradores estão tomando uma atitude extrema para tentar atenuar esse problema. Em algumas partes dos Estados Unidos, pessoas estão comprando usinas inteiras e instalando seus equipamentos dentro delas.

Esses mineradores de criptomoedas, em sua maioria, organizados em empresas, estão em busca de algo que estão chamando de “energia ociosa”. Essa energia sem uso, em geral, é proveniente de usinas existentes, ou instalações abandonadas com acesso a fontes de energia inativas. Essas usinas podem estar, por exemplo, em fábricas desativadas.

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Fazenda de mineração em uma fábrica desativada
Empresas de mineração de criptomoedas têm preferido edifícios como metalúrgicas desativadas. Crédito: Compute North/Curbed

Um exemplo disso é o que foi feito pela empresa de mineração de criptomoedas Core Scientific, sediada em Washington, capital dos Estados Unidos, se mudou para uma antiga fábrica da marca de jeans Levi ‘s, que tinha acesso exclusivo a uma pequena estação hidrelétrica. Outras empresas, porém, têm optado por comprar usinas de energia movidas a gás para alimentar suas operações.

Quem optou por isso foi a Greenide Generation, localizada na vila de Dresden, no condado de Yates, no estado de Nova York. Segundo a empresa, esse movimento se deu para que eles conseguissem compensar suas emissões de carbono. Porém, existe um debate sobre se ações desse tipo realmente são efetivas para tornar a mineração de criptomoedas realmente sustentável.

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Imóveis preferidos

Outras operações de mineração de instalaram em armazéns abandonados, moinhos, hangares de aviões, fundições de alumínio e siderúrgicas. A maior necessidade dessas empresas é um grande espaço, aberto, com ampla ventilação e acesso a fontes baratas de energia ou uma infraestrutura pré-existente para instalação de grandes servidores.

Segundo o CEO da empresa de fornecimento de mineração para criptomoeda Foundry, Mike Colyer, as “queridinhas” são as antigas metalúrgicas. Segundo ele, isso acontece por se tratarem de edifícios muito grandes e com equipamentos elétricos instalados e que foram projetados para dissipar o calor e com uma infraestrutura praticamente pronta para se tornarem fazendas de mineração.

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Alguns estados dos Estados Unidos, como Nova York, tentaram bloquear esse tipo de operação por conta de preocupações com questões ambientais. Outros, porém, como Texas, Kentucky e Dakota do Sul, estão recebendo essas empresas de braços abertos, já que enxergam isso como uma oportunidade de reativar terrenos outrora abandonados.

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Com informações do Futurism

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