Rumor: Intel pode comprar a GlobalFoundries, empresa que nasceu por causa da AMD

Reconhecida no setor de fundição, GlobalFoundries compete com gigantes como TSMC e Samsung: negócio é avaliado em US$ 30 bilhões
Por Rafael Arbulu, editado por Tissiane Vicentin 16/07/2021 16h30, atualizada em 16/07/2021 18h44
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Imagem: Shutterstock/Reprodução
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Uma reportagem do americano Wall Street Journal afirma que a Intel está em vias de comprar a GlobalFoundries, uma empresa reconhecida no fornecimento de componentes para a produção de chips semicondutores, cujo nascimento se deu por causa da rival AMD. A GlobalFoudries negou, a Intel não respondeu, mas o Wall Street Journal cita “fontes próximas à negociação” que garantem que as duas empresas estão próximas de fechar um negócio avaliado em US$ 30 bilhões (R$ 153,33 bilhões).

Embora a GlobalFoundries afirme não estar em negociação com a Intel, o jornal levanta a possibilidade de que a empresa baseada em Santa Clara, Califórnia, esteja na verdade falando diretamente com a Companhia de Investimentos Mubadala, sua atual proprietária e uma empresa com fortes laços com Mohamed bin Zayed, príncipe regente de Abu Dhabi.

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Imagem mostra a fachada da Foundries, empresa de produção de componentes para chips semicondutores. Rumores indicam que a Intel pode comprar a GlobalFoundries por US$ 30 bilhões
A GlobalFoundries é uma das principais empresas que fornecem componentes para a criação de chips semicondutores. Imagem: GlobalFoundries/Shutterstock

A história da GlobalFoundries – ou simplesmente “GF” – com o mercado de processadores é relativamente antiga, e a negociação, se real, não deixa de ter um tom de ironia: em 2008, a rival da Intel, AMD, decidiu abrir mão de produzir sozinha seus próprios chips, abrindo o processo de manufatura para o setor terceirizado. Essa movimentação resultou na criação da GF.

Hoje, a principal fornecedora da AMD é a conhecida TSMC, a maior empresa do setor e de quem a GF é uma forte concorrente.

A Intel é uma das poucas empresas do ramo de chips semicondutores que se manteve firme às suas raízes, produzindo seus produtos por conta própria. Recentemente, o atual CEO da empresa, Pat Gelsinger, confirmou que a Intel deve investir aproximadamente US$ 20 bilhões (R$ 102,22 bilhões) na expansão de suas linhas de produção.

A aquisição de uma empresa já consolidada por ser um atalho para essa expansão: normalmente, ampliações do tipo envolvem a aquisição de terreno e instalação de novas fábricas – o que leva um bom tempo. Ao adquirir a GlobalFoundries, a Intel consegue cortar todo esse caminho e aumentar seu volume de forma rápida e antecipada.

Ao The Verge, a Intel disse apenas que não vai comentar “rumores e especulações”.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Tissiane Vicentin é redator(a) no Olhar Digital