Mineração de criptomoedas é ruim para o meio ambiente? Estudo responde

Por Gabriel Sérvio, editado por Tissiane Vicentin 21/07/2021 11h45, atualizada em 21/07/2021 20h50
Imagem mostra uma unidade de bitcoin em uma árvore ao ar livre, ilustrando o impacto ambiental da mineração
Imagem: salarko/Shutterstock
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Uma das críticas contra a mineração (principalmente a de bitcoin, a maior criptomoeda do mundo) é justamente o seu impacto negativo no meio ambiente. Contudo, um novo estudo conduzido pela Universidade de Cambridge revela uma mudança positiva no último semestre desencadeada pelo fim de grande parte das operações de mineração na China.

Na prática, menos pessoas minerando significa menos dispositivos eletrônicos funcionando e consequentemente menos energia sendo consumida, o que reduziu de forma significativa o impacto ambiental do bitcoin. As regras mais duras adotadas pela China também tiraram de circulação vários equipamentos antigos e menos eficientes.

Agora, com a China “fechando as portas” para a mineração à moda antiga, as grandes mineradoras estão procurando fontes de energia mais baratas e renováveis. É o que diz Mike Colyer, CEO da companhia de criptomoeda Foundry.

Colyer declarou ao portal CNBC que os mineiros “estão procurando energia que seja renovável”. O que, segundo o executivo, “será uma grande vitória para o bitcoin” no futuro.

Consumo atual de energia da mineração de bitcoin

Ilustração mostra o B combinado ao cifrão, que representa a croptomoeda bitcoin
Bitcoin é considerada a primeira e principal criptomoeda do mercado. Imagem: Igor Batrakov/Shutterstock

Hoje, a estimativa é que a mineração de bitcoin consuma cerca de 70 terawatts-hora de energia por ano, o que corresponde a 0,33% da produção de eletricidade do mundo (quase a metade do observado em maio deste ano).

A nova rede de bitcoins, segundo especialistas no tema, será composta cada vez mais por plataformas eficientes e com o dobro do ‘hashpower’ (poder de mineração) para a mesma demanda de eletricidade, melhorando significativamente a relação de consumo de energia.

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Por fim, vale lembrar que, após a China adotar novas medidas para conter a mineração de criptomoedas em virtude do alto consumo de energia, o poder global de computação (ou ‘hashrate’) dos mineiros caiu pela metade.

Com isso, outros países como os Estados Unidos se tornaram o novo foco de mineradores. Ainda segundo a CNBC, no último semestre, o país saltou de quinto para segundo lugar em mineração de criptomoedas e já responde pela fatia de 17% da mineração global de bitcoin.

O portal de notícias norte-americano também indica que cerca de 500 mil plataformas de mineração chinesas devem ser implantadas nos EUA, o que significa que a América do Norte será responsável por 40% de todo o ‘hashrate’ global de mineração até o fim de 2022.

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Redator(a)

Tissiane Vicentin é redator(a) no Olhar Digital