Imagem: Divulgação/Virgin Galactic
As recentes viagens espaciais de bilionários como Jeff Bezos e Richard Branson não apenas evidenciaram um setor altamente promissor, como também ajudaram a alimentar financiamentos de startups que constroem a infraestrutura dos equipamentos necessários para tornar real o que era um sonho em um passado não muito distante.
Somente em 2020, foram investidos US$ 5,5 bilhões nessas empresas, segundo estudo da PitchBook. Marca histórica que deve ser superada neste ano. Afinal, já foram aplicados US$ 3,6 bilhões em 94 negócios no primeiro semestre de 2021.
Tendo um forte marketing por conta das empreitadas de bilionários e suas respectivas empresas, incluindo a SpaceX de Elon Musk, as viagens espaciais comerciais estão na crista da onda nos ideais de quem já atingiu um patamar financeiro bem acima da realidade dos meros mortais.
Trata-se de um mercado que tem valor estimado em tecnologia de US$ 200 bilhões, abrangendo produtos e serviços necessários para a exploração espacial e missões ao redor da Terra, mesmo que seja em um passeio de menos de 30 minutos.
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Os recentes voos espaciais de Richard Branson, a bordo do VSS Unity da Virgin Galactic Holding, e de Jeff Bezos, na nave New Shepard da Blue Origin, estão sendo vistos como uma grande cartada de marketing para instigar outros bilionários a seguir o mesmo caminho.
Golpe de marketing ou não, as viagens contribuíram para aumentar o estímulo às inovações, trazendo mais capital às startups que atuam no meio espacial.
“A maré alta levanta todos os barcos”, afirmou Daniel Ceperley, cofundador e CEO da LeoLabs, empresa que fornece serviços de rastreamento por radar para objetos em órbita baixa da Terra.
Ao contrário dos investimentos realizados historicamente no setor, abrangendo principalmente comunicações e imagens de satélite, monitoramento da Terra e análises geoespaciais, agora existe uma tendência de uma economia focada somente no espaço.
Assim, empresas como a LeoLabs podem ser beneficiadas. A startup, por exemplo, conta com radares na Costa Rica, nos Estados Unidos (nos estados do Alasca e do Texas), e na Nova Zelândia. Os equipamentos rastreiam objetos em órbita, de satélites a pequenos destroços, ajudando a prevenir colisões.
A LeoLabs arrecadou em junho US$ 65 milhões em financiamento liderada pela Insight Partners e pela Velvet Sea Ventures.
Além disso, há projetos para construção de estações espaciais comerciais, serviços de remoção de detritos e fabricação no espaço até 2035, ou seja, tudo indica que as viagens espaciais se tornarão notícia além do mundo das celebridades da tecnologia.
Via: Exame
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Esta post foi modificado pela última vez em 21 de julho de 2021 20:47