Por Alessandra Montini*

Steve Jobs já dizia que “a tecnologia move o mundo”. E isso ficou claro nos últimos dias quando vimos o foguete New Shepard, da companhia espacial Blue Origin, fazer um voo de pouco mais de 10 minutos com os tripulantes Jeff Bezos, seu irmão Mark, a pioneira Wally Funk e o jovem Oliver Daemen a bordo para cumprirem um objetivo bem pessoal e comercial: viajar ao espaço com sua própria nave.

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Nessa viagem, eles cruzaram a barreira de 100 quilômetros de altura, a fronteira espacial, e permaneceram em uma situação de gravidade zero por quatro minutos antes de retornar à Terra. É claro que não se trata de um grande marco no campo da história da astronáutica, mas de um passo importante no campo do turismo e da tecnologia. Afinal, foi o primeiro voo não pilotado com tripulação totalmente civil.

Por isso, dar um pulinho ali no espaço pode se tornar uma realidade mais próxima da Terra. Com valores altos, claro, mas que já possui inúmeros interessados. Uma terceira vaga na New Shepard foi a leilão e recebeu ofertas de 7.600 concorrentes de 159 países. O vencedor comprou seu assento por 28 milhões de dólares. Ou seja, passar as férias em órbita vai acontecer, pelo menos para os mais ricos (por enquanto).

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E como tudo isso foi possível?

Graças à tecnologia! Sim, ela tem sido a resposta para muitas perguntas e transformações que estão acontecendo em nosso meio. E fica cada vez mais evidente que a tecnologia estará para sempre presente em nossas vidas. Este é um caminho sem volta.

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Há algum tempo, os avanços tecnológicos têm mudado a maneira tradicional de operar no espaço. Assim, algumas empresas estão prometendo viagens mais baratas, usando inovações como foguetes reutilizáveis e plataformas de lançamento horizontais.

Um grande volume de dados e imagens tem vindo do espaço, graças aos satélites mais baratos e bem menores do que há décadas em que só era possível produzir equipamentos do tamanho de um ônibus. Por isso, o mercado começa a olhar para o espaço não só mais como um sonho, mas como uma realidade cada vez mais alcançável.

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A inteligência artificial vem também para ajudar em todo esse processo. No caso do foguete New Shepard, muitos sensores, computadores e algoritmos trabalharam em conjunto para permitir a decolagem e um pouso autônomo. Isso significa que todos que estavam a bordo eram apenas passageiros e não havia nenhum piloto no comando.

De maneira autônoma, a tecnologia foi programada para que o foguete chegasse a 100 km acima da Terra para o espaço suborbital, alto o suficiente para atingir a ausência de gravidade e ver a curvatura do planeta. Assim, quando atingisse uma altitude elevada, a cápsula na parte superior do foguete de reforço, onde estavam os tripulantes, foi separada do restante para retornar a atmosfera e paraquedas da cápsula foram abertos para um pouso seguro.

O que esperar do futuro

Não tenho dúvida que os próximos anos serão de concorrências acirradas para quem conquistar o espaço e levar o maior número de pessoas em menos tempo possível. Por isso, uma série de tecnologias será testada para tal experiência e tantas outras irão surgir.

As empresas espaciais que apostarem em tecnologias de ponta sairão na frente. Afinal, a expectativa é que novos sistemas leve o homem novamente à Lua e em locais que foram impossíveis de chegar durante a missão Apollo, em 1969.

Já deu para perceber que o espaço não é o limite, não é mesmo?

*Alessandra Montini é diretora do LabData, da FIA

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