A norte-americana Qualcomm, que firmou um acordo com a Intel para a produção de chips, obteve um aumento expressivo de receita no último trimestre fiscal: 63% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa um ganho de US$ 8 bilhões.
O lucro por ação (‘Earnings per Share‘, ou EPS) também acompanhou o cenário positivo e mais que dobrou nos últimos três meses. Grande parte do crescimento foi impulsionada pela venda de chips.
A divisão de semicondutores relatou receita de US$ 6,47 bilhões, um aumento de 70% ao ano.
As vendas de componentes para celulares representam a maior parte desse negócio. O setor de chips para a tecnologia 5G (front-end RF) foi o segmento de crescimento mais rápido nos últimos três meses, com aumento de 114% e US$ 957 milhões em vendas.
Já o segmento de licenciamento de tecnologias da Qualcomm, negócio de margem ainda mais alta que as vendas de chips e que inclui receita de patentes 5G, cresceu 43%, somando US$ 1,49 bilhão.
A divisão de chips automotivos também segue em alta, crescendo 83% ano após ano.
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Após a fabricante relatar lucros acima da expectativa, as ações da empresa subiram mais de 3%. A previsão de analistas de mercado é de um quarto trimestre ainda mais forte.
É importante ressaltar que os números atuais se comparam a um trimestre em 2020 em que a companhia viu uma baixa demanda no mercado por conta do avanço da pandemia.
Crescimento em meio às incertezas

A Qualcomm é uma das principais fornecedoras de peças para aparelhos e redes 5G. A companhia é uma das que pode se beneficiar do aumento da demanda por smartphones em todo o mundo à medida que as economias voltam a operar.
A empresa espera que o número de smartphones no varejo cresça substancialmente (entre 450 e 550 milhões de aparelhos) em 2021, após registrar queda de 11% em 2020.
Por ora, especialistas do setor monitoram como a Qualcomm responderá à crise dos chips, já que a empresa não fabrica componentes próprios, dependendo de outros gigantes do segmento como a TSMC e a sul-coreana Samsung.
Em comunicado, a companhia relatou que o fornecimento de chips deve melhorar até o final de 2021 e que está trabalhando para aumentar o ritmo de produção.
Fonte: CNBC
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