Novos resultados de diferentes estudos mostram como pedaços do manto lunar podem ajudar a explicar quais fatores podem tornar um planeta habitável. O manto lunar é uma camada do interior da Lua logo abaixo da crosta visível do nosso satélite natural. Porém, alguns pedaços dele foram lançados à superfície após asteroides e cometas golpearem a Lua ao longo de eras.

Mesmo que a Lua não seja habitável, ela tem um manto igual ao da Terra. Com isso, os cientistas usam o satélite como um substituto para entender melhor a evolução dos planetas rochosos, mesmo aqueles que são potencialmente habitáveis que estão a alguns anos-luz de distância daqui e só podem ser vistos com ajuda de telescópios de última geração.

Os estudos envolvendo o manto lunar foram bastante complexos e integraram teoria, modelagem e um mapa com prováveis localizações do material do manto usando três conjuntos de dados. “Entender esses processos [manto] em mais detalhes terá implicações para importantes questões de acompanhamento”, disse o autor principal de dois estudos sobre o tema, Daniel Moriarty.

Atenção à Lua

Robôs do programa CLPS
Robôs que serão usados no Commercial Lunar Payload Services, Crédito: Rebecca Roth/Nasa

Segundo ele, o entendimento sobre a origem do manto lunar tem um valor que vai além do científico, mas também pode ser importante para a exploração espacial. Ultimamente, a Nasa tem impulsionado trabalhos que incluem a exploração do nosso satélite, o que inclui uma série de robôs do programa de Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS).

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Alguns desses robôs terão a tarefa de recolher pedaços do manto lunar na superfície da Lua para retornar à Terra. Se tudo correr conforme o planejado pela Nasa, humanos voltarão à Lua na metade da década de 2020 como parte do programa Artemis, que, entre outras coisas, deve levar a primeira equipe de mulheres à Lua.

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Do ponto de vista da exploração lunar, um dos objetivos do programa Artemis é analisar o entorno de crateras de impacto no polo sul da Lua, com especial atenção em uma estranha assinatura radioativa em uma região de 2.600 quilômetros, conhecida como Bacia do Polo Sul-Aitken, localização privilegiada para estudos sobre a formação do manto lunar.

Hoje, acredita-se que os planetas rochosos crescem à medida que grãos de poeira e rochas menores se unem sob sua gravidade mútua. Essas colisões geram muito calor, incrementado por elementos radioativos que liberam calor enquanto decaem naturalmente. Em objetos maiores, como planetas, é liberado calor o suficiente para a formação de oceanos de magma.

Com informações do Space

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