A ilha italiana da Sicília, a maior do mar Mediterrâneo, atingiu uma máxima histórica de temperatura, com assustadores 48,8°C, o que pode ser a maior temperatura já registrada na história da Europa. Para ser tratado como o recorde histórico de temperatura do continente, o registro, que foi feito perto da cidade de Siracusa na última quarta-feira (11), ainda precisa receber o aval da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Assim como regiões da América do Norte, a Europa também tem sofrido com ondas de calor históricas, a Itália, em particular, tem sido atingida por um anticiclone vindo da África, que foi apelidado de Lúcifer. Os anticiclones são áreas de alta pressão atmosférica formadas pelo ar que se afunda, causando um grande aumento de temperatura.

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Para o norte

A previsão é que o anticiclone suba para o norte e atinja a região continental da Itália, elevando ainda mais a temperatura em outras regiões do país que já estão sofrendo com o calor intenso, como é o caso da capital, Roma, da região do Piemonte, onde fica a cidade de Turim, e da Lombardia, que abriga a maior parcela da população italiana e cidades como Milão e Bérgamo.

O calor extremo em várias regiões da Itália fez com que o Ministério da Saúde do país emitisse alertas de atenção para pelo menos oito cidades, número que deve aumentar para 15 até a próxima sexta-feira (13). Além da Sicília, outras ilhas do Mediterrâneo, como a Calábria e a Puglia, também foram bastante afetadas pela onda de calor que atinge a região.

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Incêndios constantes

Bombeiros apagando um incêndio florestal
Bombeiros de outros países foram chamados para ajudar a conter incêndios na Grécia. Crédito: Inglis Blaine/Pixnio

Assim como na América do Norte, a onda de calor europeia também tem sofrido com incêndios florestais. Segundo a BBC, os bombeiros relataram mais de 300 operações de contenção de chamas só na Sicília e na Calábria em um período de 12 horas. Os bombeiros têm trabalhado para controlar o fogo até mesmo durante a noite, mas milhares de hectares de florestas já foram atingidos.

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Outros países banhados pelo mar Mediterrâneo também têm sofrido muito com o calor. Na Grécia, por exemplo, equipes de bombeiros de outros países têm sido chamadas para combater as chamas. A situação está tão séria, que o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, descreveu a estação como um “verão de pesadelo”.

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