A Microsoft está protestando contra a decisão do governo dos Estados Unidos de conceder um contrato bilionário de serviços de computação em nuvem para sua principal concorrente nesse setor, a Amazon. Segundo informações divulgadas pela imprensa estadunidense, o valor do contrato gira em nada menos do que US$ 10 bilhões (cerca de R$ 52 bilhões na cotação atual).
O objetivo da parceria entre o governo e a Amazon é modernizar o sistema de armazenamento de dados confidenciais da Agência Nacional de Segurança (NSA). Porém, a Microsoft era uma das concorrentes para o contrato e não ficou nada feliz em ver todo esse dinheiro indo para os bolsos de Jeff Bezos.
Em um comunicado enviado à agência de notícias France Presse (AFP), a Microsoft informou que entraria com um protesto administrativo por meio do Escritório de Transparência Governamental para contestar a concessão do contrato à Amazon. A empresa defendeu que está exercendo seu direito legal e toda a contestação será feita com cuidado e responsabilidade.
O outro lado
Em resposta, a NSA disse que dará suas alegações no processo de acordo com os regulamentos federais apropriados. A Amazon, por sua vez, se negou a comentar o caso. O Escritório de Transparência Governamental declarou que já está considerando um protesto apresentado pela Microsoft em julho em relação à NSA, mas não deu mais detalhes sobre isso.
Segundo insiders do mercado de tecnologia, o processo é uma espécie de vingança da Microsoft contra a Amazon, que já protestou contra um contrato de computação em nuvem, este com o Departamento de Defesa (Pentágono) e vencido pela Microsoft, que também tinha o valor de US$ 10 bilhões.
Vingança?

O contrato em questão era a Articulação para Empreendimento de Infraestrutura de Defesa (na sigla em inglês, Jedi), e acabou cancelado pelo Pentágono, a fim de evitar uma disputa judicial entre as duas empresas. No processo, a Amazon acusava o Pentágono de preconceito político e dizia que isso havia, de certa forma, influenciado a licitação.
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Segundo a Amazon, a Microsoft havia conseguido ganhar o Jedi por influência do então presidente, Donald Trump, que teria influenciado indevidamente o resultado do processo. Na alegação, a empresa disse que foi excluída do negócio em razão de uma vingança pessoal do agora ex-presidente contra o seu então presidente-executivo Jeff Bezos.
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