Seja por razões religiosas, clareza mental, ou ambos, a meditação é uma prática bastante comum entre pessoas que buscam se acalmar e ter melhor desempenho em determinadas tarefas, ou apenas se desconectar do mundo exterior para se concentrar “no que realmente importa”, porém, uma nova pesquisa mostra que os benefícios da meditação podem ir além.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, acompanhou como a prática da meditação afetou os padrões cerebrais de dez alunos de um programa acadêmico da universidade, e os resultados apontaram que apenas oito semanas de estudos de meditação podem tornar os cérebros das pessoas mais rápidos.

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Meditar e registrar

Antes do início dos estudos sobre meditação, os alunos foram submetidos a exames de ressonância magnética. A etapa seguinte foi ensinar os alunos a meditar e orientá-los a realizar os exercícios pelo menos cinco vezes por semana durante 10 ou 15 minutos, além de manterem um registro diário relatando a prática.

Segundo o professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Binghamton, George Weinschenk, o fato de realizar os estudos com estudantes dessa universidade facilitaria bastante o processo, já que eles não precisariam de muitos estímulos ou cobranças para manter uma rotina regular de meditação e escrever bons relatórios sobre isso.

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Da divagação ao foco

Cérebro. imagem: Shutterstock
Meditação pode potencializar a capacidade do cérebro de sair de um estado de divagação para um estado de foco.

Os resultados do experimento foram publicados na revista científica Scientific Reports, e mostram que o treinamento de meditação fez com que os participantes do experimento tivessem uma alternância mais rápida entre os dois estados gerais de consciência do cérebro, o estado de rede de modo padrão e o estado de rede de atenção dorsal.

O primeiro estado se ativa quando o cérebro está em repouso desperto e não focado no mundo exterior, o famoso “pensando em nada” ou “sonhando acordado”. Já a segunda, é ativada quando nosso cérebro se engaja em tarefas que exigem bastante atenção, como trabalhar e estudar, por exemplo.

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Os resultados do estudo mostram que a meditação pode aumentar a conexão do cérebro entre esses dois estados, indicando que a meditação potencializa a capacidade da mente de alternar entre um estado de divagação e um estado de atenção, ou de manter a atenção quando o cérebro entra em um estado de foco.

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Via: MedicalXpress

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