Vai se criando um clima terrível entre Estados Unidos e Rússia em relação à administração da Estação Espacial Internacional. Além do incidente que deixou a ISS fora de controle no momento da acoplagem do módulo espacial Nauka no final do mês passado, os russos fizeram sérias acusações contra uma funcionária da Nasa, que, segundo a imprensa estatal do país, teria sabotado uma missão russa em 2018.
As acusações foram feitas pela agência de notícias estatal russa, que sem apresentar provas, disse que Serena Auñón-Chancellor teria sido acometida por um colapso mental nas dependências da ISS e causado danos a um veículo espacial russo. Uma representante da Nasa, porém, rapidamente saiu em defesa de sua astronauta e negou todas as acusações de forma veemente por meio de uma postagem no Twitter.
Uma representante da agência espacial disse que todos os astronautas da Nasa, incluindo Serena Auñón-Chancellor, são extremamente respeitados, servem aos EUA e fazem contribuições inestimáveis para a agência com seu trabalho. A mensagem foi redigida pela administradora associada do Diretório de Missão de Exploração e Operações Humanas da Nasa, Kathy Leuders.
Plena confiança
Leuders também disse que a agência apoia Serena e sua conduta profissional, além de não acreditar que possa haver qualquer credibilidade nas acusações feitas pela agência estatal russa. A mensagem de Kathy Leuders foi compartilhada pelo chefe da Nasa, Bill Nelson, que acrescentou que concordava com a declaração, apoiava Serena e estaria sempre ao lado de todos os astronautas da Nasa.
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A imprensa dos Estados Unidos tem tratado as denúncias contra Auñón-Chancellor como uma “campanha bizarra de difamação”. Na última quinta-feira (12), a agência de notícias TAAS afirmou que a astronauta experimentou uma crise psicológica aguda provocada por uma trombose venosa profunda, que a fez fazer furos na parede do veículo espacial Soyuz enquanto ele estava atracado à ISS, para permitir que ela fosse para casa mais cedo.
Na ocasião, um buraco no veículo espacial Soyuz causou um sério vazamento na Estação Espacial Internacional, desde então, vários pequenos veículos de imprensa russos têm acusado astronautas estadunidenses de terem sabotado o veículo espacial, mas essa é a primeira vez que um astronauta é nomeado e suas condições de saúde são colocadas em xeque.
Porém, a acusação não teve nenhum suporte em provas, segundo a TAAS, a informação teria sido passada por uma fonte anônima dentro da Roscosmos. Já em relação ao incidente envolvendo o módulo Nauka, ainda não há uma conclusão sobre sua causa, mas a principal suspeita é de que o módulo foi vítima de uma falha de software que era evitável.
Via: Futurism
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