Você pode amar ou odiar, mas não deixar de notar. A Genesis GV60 é uma crossover (SUV feita sob um chassi de carro) subcompacta que acaba de ser revelada na forma de fotos e um comunicado que traz mais perguntas que respostas. Mas é um mistério promissor.
Começando pela marca: Genesis é uma sub-marca da Hyundai criada em 2015 como o nome do modelo de luxo Hyundai Genesis. Em 2017, esse veículo, refletindo a mudança mudou de nome para Genesis G80, sem Hyundai, numa linha que inclui o sucessor do Hyundai Equus, o G90. Um carro elétrico pequeno, com um visual assim, é uma cartada insólita.
Ousadia arriscada
O visual – que é basicamente o que a gente tem até agora – dividiu opiniões. A Genesis descreve seu veículo de forma quase poética: “O design exterior do GV60 destaca sua imagem de alta performance em conjunto com uma aparência dinâmica e suave. A Genesis entre seu design que é marca registrada para a carroçaria do GV60, trazendo a silhueta esbelta que os motoristas esperam da marca”.
Mas a conversa que entre a crítica no exterior é sua semelhança com uma catástrofe do design: o Pontiac Aztec, que costuma entrar em listas dos carros mais feios da história e que acabou levando à extinção da marca Pontiac.
Nas palavras do jornalista Imad Khan, do Tom’s Guide: “Não conseguimos não ver uma frente que parece ter olhos de inseto e uma grade que parece o emoji gargalhando com um cavanhaque”.
É uma aposta arriscada, porque, pela marca e pelo que foi revelado do interior, tudo indica um preço bem alto.
E a parte interna transmite, sim, luxo. Tem a “esfera de cristal”, que atua para iluminar o ambiente interno mas também atua como uma alavanca de direção automática, e já foi vista nos outros modelos da Genesis. Os retrovisores são câmeras que transmitem para telas internas, nos dois cantos.
Os dois parentes do Genesis GV60
Quanto ao que vai mover o G60, nenhuma palavra oficial. Mas há uma pista está em sua base: será construído sobre a plataforma E-GMP da Hyundai, que já equipa o Hyundai Ioniq 5 e o Kia EV6 e é considerada a maior concorrente séria à tecnologia da Tesla em potência e alcance.
Significa que terá no mínimo, se não for melhorada, baterias de 58 kWh e 77,8 kWh, com a última durando pouco menos de 500 km. A tecnologia permite carregar a bateria a 80% em 18 minutos, nas tensões de 400 V e 800 V.
E pode ter duas versões de motor, com um só na traseira, produzindo 225 hp ou dois, num esquema 4×4, rendendo 320 hp. Isso é suficiente, no Ioniq 5, para ir de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada de fábrica em 185 km/h.
O preço esperado, por fim, é de uma base de US$ 55 mil (cerca de R$ 270 mil).
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