O satélite Terra, da agência espacial norte-americana (Nasa), produziu imagens dos incêndios florestais que assolam a Califórnia – especificamente, coletando imagens e dados das nuvens de fumaça ao observá-las a partir do espaço.

O instrumento conhecido como “MISR” (sigla em inglês para “Instrumento Multi-angular Espectroradiométrico”) usou uma de suas nove câmeras para analisar a fumaça identificada por suas lentes, constatando níveis acima de 3.000 m de altura nos pontos vermelhos (à esquerda) na imagem abaixo.

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Imagem mostra vista da Terra vista de um satélite da Nasa, que capturou incêndios florestais na Califórnia
Imagens do instrumentos MISR, da Nasa, mostra alto volume de fumaça causado pelos incêndios florestais da Califórnia, cuja intensidade e frequência aumentaram devido ao aquecimento global. Imagem: NASA/GSFC/LaRC/JPL-Caltech/Divulgação

A maior altura registrada foi o dobro disso, acima de 6.000 m. 

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Medir a altura de uma coluna de fumaça pode parecer algo bastante específico, mas tem um senso prático: a fumaça que chega mais alto tende a ser carregada pelo vento por maiores distâncias, impactando comunidades que ficam nesse caminho. Aqui em São Paulo, tivemos um caso recente disso, quando um balão errante caiu no Parque Nacional do Juquery, em Franco da Rocha, varrendo quase 1,6 mil hectares de vegetação cerrada.  Relatos das redes sociais mostram usuários das quatro principais zonas da capital paulista reclamando de fuligem e dificuldades respiratórias.

O caso na Califórnia, porém, é bem mais grave: desde 24 de agosto, diversos incêndios florestais vêm ocorrendo nas regiões de mata do estado norte-americano – incluindo os focos de McCash, Antelope, River Complex, Monument e Dixie -, devastando milhões de hectares. Somente o Dixie – o segundo maior incêndio da história dos EUA – é responsável por mais de 730 mil hectares perdidos.

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A Nasa ainda não processou todos os dados capturados pelo MISR, então não há nenhuma previsão do comportamento de toda essa fumaça ou como ela deve afetar comunidades vizinhas. Mas as informações coletadas estão disponíveis em uma base pública de consulta, mantida pela própria agência espacial.

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