‘Call of Duty: Vanguard’ transforma herói de guerra em australiano e irrita neozelandeses

O jogo 'Call of Duty: Vanguard' chega no dia 5 de novembro deste ano, mas já traz polêmicas por causa de um novo personagem
Karoline Albuquerque02/09/2021 15h48
Call of Duty: Vanguard
Activision/Divulgação
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O jogo ‘Call of Duty: Vanguard’ só chega no dia 5 de novembro. Mas, faltando dois meses, já há polêmica em torno do título desenvolvido pela Sledgehammer Games, do estúdio Activision. Com a presença de heróis da Segunda Guerra Mundial baseado em soldados reais, alguns acabaram mudando de nacionalidade. O caso de Charles Upham, militar neozelandês.

O herói de guerra da Nova Zelândia foi um dos poucos homens a receber a Cruz da Vitória duas vezes, por feitos realizados na ilha de Creta, em 1941, e em uma região desértica no Egito, no ano seguinte. Mas, ‘Call of Duty: Vanguard’ reimaginou o capitão, transformando-o em australiano, para desagrado dos vizinhos da Oceania.

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No jogo, Upham recebeu o nome de Lucas Riggs, um soldado de infantaria. Além dele, outros três soldados inspiraram personagens de jogo: a atiradora russa Polina Petrova, baseada em Lyudmila Pavlichenko; o paraquedista britânico Arthur Kingsley, inspirado em Sidney Cornell; e o piloto americano Wade Jackson, que seria Vernon Micheel.

O problema é que o único a trocar de país foi Riggs… ou Upham. “A importância de Charles Upham não pode ser exagerada. Nenhum outro soldado de combate jamais foi premiado com duas Cruz Vitória em toda a história. Essa incrível conquista pertence somente ao nosso país, Aotearoa [nome do país em maori] Nova Zelândia”, diz o site neozelandês Newshub.

Call of Duty: Vanguard
O personagem Lucas Riggs é australiano, inspirado no capitão neozelandês Charles Upham. Imagem: Activision/Divulgação

Os críticos compararam a mudança como transformar o alpinista Edmund Hillary, primeiro a ter sucesso na escalada do Monte Everest, a cantora Lorde ou o jogador de rugby Jonah Lomu em australianos. “É um insulto. Na melhor das hipóteses, é ignorância; na pior das hipóteses, é um dedo médio gigante para todos nós”, prossegue o texto.

A Sledgehammer respondeu aos questionamentos do Newshub, apenas confirmando o erro cometido e sem justificar a troca de nacionalidade. “Assim como todos os personagens principais da campanha, nos inspiramos muito em soldados da vida real. Com Lucas Riggs, tiramos muita inspiração de Charles Upham, cujas façanhas incorporaram o espírito de todas as forças da Commonwealth servindo no Norte da África”, disse David Swenson, diretor de criação.

Via: Kotaku / PC Gamer

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Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital