Um par de luvas que pertenceu ao cantor Michael Jackson vai ajudar a pagar por doses de vacina contra a Covid-19 na Guiné Equatorial, na África Central. As luvas foram apreendidas em uma coleção particular do vice-presidente do país, Teodorin Nguema Obiang Mangue.

A decisão foi divulgada na última segunda-feira (20) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Além das luvas, que são avaliadas em US$ 275.000 (R$ 1,4 milhão). O acessório é bastante luxuoso e chamativo, revestido com uma série de joias.

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Entre os bens apreendidos estão veículos de luxo e joias e outros bens do número dois da Guiné Equatorial foram confiscados, totalizando US$ 27 milhões (cerca de R$ 143 milhões). A venda dos bens são resultado de um acordo de confisco firmado em 2014 entre Obiang Mangue e os EUA.

Coleção milionária

Luva usada por Michael Jackson
Luvas encontradas na coleção do vice-presidente de Guiné Equatorial estão avaliadas em US$ 275.000. Crédito: Abi Skipp/Flickr

Entre os bens do vice-presidente da Guiné Equatorial, estão uma mansão na cidade de Malibu, no estado da Califórnia, que foi vendida por US$ 30 milhões (cerca de R$ 159 milhões), uma Ferrari, e alguns outros itens de colecionador que pertenceram a Michael Jackson.

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Obiang Mangue também foi obrigado a devolver US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões), que representa o valor de uma outra propriedade em solo estadunidense. O valor de alguns rendimentos de aplicação, equivalente a US$ 10,3 milhões (cerca de R$ 55,5 milhões) ficarão nos Estados Unidos.

Conversão em vacinas

Agora, os bens serão vendidos e parte do valor arrecadado será destinado à compra e distribuição de doses de vacina contra a Covid-19 na Guiné Equatorial. O restante será destinado à compra e distribuição de remédios e suprimentos médicos para o país da África Central.

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O vice-presidente do país da África Central é acusado de ter adquirido todos os bens com ativos ilícitos. Todos os ativos apreendidos foram comprados nos Estados Unidos, por conta disso, é o Departamento de Justiça do país norte-americano. O político africano contesta todas as acusações.

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Com uma população relativamente pequena, de cerca de 1,4 milhão de habitantes, a Guiné Equatorial é uma das nações mais pobres do mundo. De acordo com o Banco Mundial, 76% da população vive na pobreza, ou seja, vivem com uma renda de apenas US$ 1,90 (cerca de R$ 10) por dia.

Via: Folha de S. Paulo

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