Como se não bastasse o surgimento de cachorros robóticos com potencial letal: a Marinha do Reino Unido realizou hoje (15/10) um teste bem-sucedido do navio autônomo de guerra Madfox — Maritime Demonstrator For Operational eXperimentation —, que conseguiu disparar mísseis anti-navio orientado por drones (também autônomos).

A ação fez parte da operação REPMUS 21, coordenando uma das maiores frotas de guerra autônomas da OTAN, com cerca de 70 dispositivos autônomos, 11 navios e centenas de oficiais das forças armadas em operação nos mares de Portugal.

Durante o teste, uma embarcação autônoma foi lançado na região de vigilância do Madfox. A balsa expedicionária USNS Carson City lançou um Puma, drone voador responsável pela triangulação do alvo na zona marítima de Sesimbra, no Oceano Atlântico. Os dados de GPS foram enviados diretamente para a central de controle, em Troia, Portugal, cujas coordenadas foram repassadas ao navio de guerra. O míssil atingiu o alvo imediatamente.

navio não tripulado embarcado no cais
(Imagem: Lphot Bradley/Royal Navy)

Desenvolvida pela subdivisão de inovação NavyX, a ação é a primeira vez em que um veículo de superfície não-pilotado prova o potencial de ataques letais em campo.

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Navio autônomo também acerta alvo em teste no escuro

Além do disparo de mísseis, o navio autônomo da Marinha do Reino Unido também passou em outro teste, dessa vez de operações noturnas. Os radares do Madfox detectaram automaticamente a presença de um alvo enquanto permanecia incógnito aos sistemas convencionais de guerra.

Ao encontrar a ameaça, a embarcação militar passou a enviar imagens ao vivo para o centro de controle, em conjunto com drones que enviaram informações adicionais às forças em terra. Após outra triangulação, o Madfox disparou outro míssil anti-navio contra o alvo, neutralizando-o.

Imagem: Lphot Bradley/Royal Navy

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