Em Dubai, criminosos usam clonagem de voz por IA para roubar banco

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Um banco de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi assaltado por bandidos que usaram clonagem de voz por Inteligência Artificial para desviar US$35 milhões. Documentos judiciais descobertos pela Forbes revelaram que os fraudadores reproduziram a voz de um executivo de uma grande empresa para enganar o gerente da instituição financeira e transferir o montante para sua posse.

Fraudadores reproduziram a voz de um executivo com recursos de Inteligência Artificial para roubar um banco nos Emirados Árabes Unidos. Imagem: Chingyunsong – Shutterstock

De acordo com a revista, o suposto executivo teria dito que sua empresa estava prestes a fazer uma aquisição e precisava de dinheiro para isso. O gerente do banco de Dubai reconheceu a voz do executivo por já ter trabalhado com ele antes. Então, acreditando que tudo era legítimo, ele autorizou a transferência – direto para as contas dos criminosos.

Além da falsificação da voz, um advogado foi contratado para coordenar os procedimentos e o gerente do banco acompanhou os e-mails entre o executivo e o advogado, detalhando quanto dinheiro precisava para ser transferido e para que conta.

Poucos detalhes além disso foram constam nos documentos investigativos, e os nomes das vítimas não foram informados. O Ministério Público de Dubai está liderando a investigação.

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Isso aconteceu no ano passado, e até agora o dinheiro não foi totalmente recuperado. Os Emirados Árabes Unidos pediram a ajuda de investigadores norte-americanos para rastrear cerca de US$400 mil que foram para contas bancárias nos EUA.

Ação criminosa em Dubai enviou dinheiro para vários países

Investigadores de Dubai acreditam que a operação envolveu pelo menos 17 pessoas usando de “deepfake” e enviou dinheiro a bancos em todo o mundo.

Embora surpreendente, esse já é o segundo caso conhecido de criminosos usando uma voz falsa para tentar roubar um banco. Em 2019, bandidos usaram IA para reproduzir a voz de um executivo e roubar US$243 mil, de acordo com o The Wall Street Journal.

É possível que, à medida que a tecnologia por trás dos deepfakes vá se tornando cada vez mais refinada, muito mais tentativas de fraude utilizando o recurso aparecerão.

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