A espaçonave russa Progress MS-17 começou na noite da última quarta-feira (20) a sua mudança de ponto de ancoragem na Estação Espacial Internacional (ISS). Até o final do dia 22, o veículo lançado da Terra em 2021 deve ser reposicionado ao módulo Nauka, anexado à estação em julho deste ano.

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O processo teve início às 20h42 (horário de Brasília) de quarta, com o sistema de direção autônoma da nave se destacando do módulo Poisk e se afastando da estação até uma distância de quase 200 metros. Desde então, a Progress MS-17 vem fazendo manobras estáticas de estabilização, aguardando a prontidão do novo ponto de acoplagem na ISS.

A nave Progress MS-17 está a caminho do módulo Nauka, na ISS, onde deve ficar por cerca de um mês. Depois, ela será direcionada à atmosfera da Terra, onde se queimará por completo (Imagem: Roscosmos/Divulgação)

A ideia é que a acoplagem seja feita à 1h43 da próxima sexta-feira. O progresso da ação será supervisionado pelos cosmonautas Pyotr Dubrov e Anton Shkaplerov, da agência espacial russa (Roscosmos). Os dois são treinados para tomar conta da situação caso algum imprevisto ocorra, mas o plano é que o próprio sistema da nave conduza a mudança sozinho.

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A “mudança de quarto”, porém, não será longa: anexada à ISS desde julho deste ano, a Progress MS-17 deve ficar no novo ponto de acoplagem por pouco menos de um mês – a previsão é que a nave volte à Terra em caráter definitivo até o final de novembro.

“Voltar à Terra”, no entanto, é apenas uma forma de dizer que a nave não ficará na estação: na verdade, assim que seus suprimentos foram esgotados, os cosmonautas vão carregá-la de materiais a serem descartados, direcionando-a à nossa atmosfera, onde o processo de reentrada a queimará por completo. Esse é o destino de todas as naves Progress, aliás.

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O interessante é que a saída da Progress deixaria o módulo Nauka com um ponto de conexão modular (chamado de “conexão HDA”) que, em tese, lhe permitiria expandir a presença do país na ISS. Entretanto, isso pode nem ser aproveitado, tendo em vista que a Rússia confirmou seu desejo de deixar a estação em definitivo ainda nesta década, após mais de 20 anos trabalhando em conjunto com astronautas norte-americanos e europeus.

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