O nome não é a coisa mais original do mundo: Roboat (“Robarco”). Assim se chama o veículo que vai compor uma frota de barcos autônomos na rede de canais de Amsterdam (Holanda).

Os Roboats devem atuar inicialmente como táxis, mas também podem servir para carga, com até 1.500 kg de capacidade. O projeto tem sido desenvolvido pelo Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do Instuto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, EUA) já há seis anos.

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A versão inicial, testada no ano passado, podia levar dois passageiros. A atual, cinco. Também está previsto ser usada para coletar lixo e transportar produtos pela cidade.

O Roboat é um veículo puramente elétrico com 10 horas de autonomia. Pode ser carregado sem fio, por aproximação, nos portos de parada. Eles funcionam por sensores de LIDAR e câmeras para ter uma visão de 360 graus na água, com inteligência artificial determinando o caminho e evitando outros barcos. Um operador em terra deve, ao menos a princípio, atuar numa central monitorando até 50 deles.

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“Veneza do Norte” é ideal para barcos autônomos

Os barcos autônomos de Amsterdam devem estrear amanhã (28 de outubro). “O Centro Histórico de Amsterdam é o lugar perfeito para começar, com sua rede capilar de canais enfrentando problemas contemporâneos, como mobilidade e logística”, afirma Stephan van Dijk, diretor de inovação no Instituto de Amsterdam para Soluções Metropolitanas Avançadas.

Os desafios de um barco autônomo, cujo software se baseia na navegação de carros autônomos, são relativamente mais simples que esses últimos. O traçado inteiro é plano, o trânsito e as velocidades são bem menores, não há semáforos, cruzamentos são poucos. O piloto em Amsterdam pode ser um avanço para ao menos a aceitação de veículos urbanos totalmente autônomos.

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Amsterdam também é chamada de “Veneza do Norte”. Isso faz dela ideal. Situada abaixo do nível do mar, em território antes marinho protegido por diques, a cidade é atravessada por uma rede de 100 km de canais, com 1.500 pontes. A produção industrial do país inteiro é baseada numa rede fluvial, que tem seu centro na capital.

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