Telecom: roubo de cabos chega a quase 5 milhões de metros no Brasil; setor pede punição aos criminosos

Por Gabriel Sérvio, editado por André Lucena 03/12/2021 18h51, atualizada em 03/12/2021 21h59
Cabeamento de internet e fios acumulados em um poste da rede elétrica
Crédito editorial: Joa Souza / Shutterstock
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De acordo com os números da Conexis (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), quase 7 milhões de pessoas já tiveram a conexão interrompida por roubo ou furto de cabos na rede, isso apenas em 2020.

Segundo o levantamento, um dado que corrobora o resultado citado antes é o salto no roubo de cabos no Brasil. Foram 4,7 milhões de metros de cabeamento roubados este ano, um crescimento de 16% frente ao ano anterior.

Telecom: roubo de cabos chega a quase 5 milhões de metros no Brasil; setor pede punição aos criminosos
6,7 milhões de brasileiros ficaram sem internet em 2020 por conta do roubo de cabos. Imagem: Proxima Studio/Shutterstock

Só no primeiro semestre, foram subtraídos 2,3 milhões de metros de cabos (o número equivale à distância do Rio de Janeiro até a capital argentina Buenos Aires), deixando milhões de brasileiros sem acesso à internet.

Em busca de soluções, entidades que representam as companhias de telecom apresentaram esta semana uma carta aberta que alerta para todos os problemas causados por essa prática.

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O setor defende que as autoridades, por meio de uma ação coordenada de segurança pública, se juntem para criar uma estratégia de combate a essas ações. Dentre as medidas, as teles demandam que sejam aprovados projetos de lei como o PL 5.845 de 2016, que aumenta as penas para crimes como esse.

“É preciso traçar uma estratégia nacional de ataque a esse problema de furto, sequestro e especialmente reutilização de equipamentos furtados por operadores irregulares”, afirmou Wilson Diniz Wellisch, superintendente de Fiscalização da Anatel. “É a partir dessa integração de órgãos de segurança com apoio da Anatel que vamos conseguir atacar esse problema. Deve haver uma estratégia nacional para entender essa cadeia, como essas operações criminosas funcionam, para podermos atacar de uma vez o sistema”, finalizou.

Assinado pela Abrint, Associação NEO, Brasscom, Conexis Brasil Digital, Febratel, Telebrasil e Telcomp, o documento ressalta que o crime prejudica a oferta de serviços de telecomunicações no país: “Além da perda de arrecadação de impostos, a criminalidade impacta o caixa das empresas, que acumulam milhões em prejuízos com a substituição de equipamentos, perda de clientes e penalização regulatória”, afirmam as entidades.

Imagem principal: Joa Souza/Shutterstock

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.