Em Keystone, no estado norte-americano do Colorado, um condomínio está proibindo o carregamento de carros elétricos em sua garagem. Não só isso. Os veículos nem sequer podem ficar estacionados no local.

Tudo por causa de um alegado risco de incêndio. Os donos de apartamentos no condomínio Decatur receberam o aviso de proibição em um e-mail enviado a eles pela associação do condomínio. A alegação é de que o projeto do edifício eleva os riscos se acontecer um incêndio em um carro elétrico em sua garagem. Além disso, um acidente dessa natureza possui uma probabilidade exponencial de perda de vidas e de propriedades, segundo o e-mail.

“A água não apagará o incêndio da bateria em um EV, tornando inútil o sistema de sprinklers”. O e-mail informa também que o projeto fechado da garagem torna problemático para os bombeiros acessarem o fogo.

A associação do condomínio diz ainda que contatou os bombeiros locais para determinarem uma avaliação de risco dos EVs. Os bombeiros então teriam entendido e concordado que um incêndio na bateria de um carro elétrico no local resultaria em uma perda substancial.

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Não é bem assim

Embora o e-mail afirme que os bombeiros fizeram uma avaliação de risco e concluíram que existe um risco particular para aquele edifício, um porta-voz da organização oficial de segurança disse que não é o caso. Steve Lipsher disse que os bombeiros receberam um questionamento do condomínio perguntando se eles desaconselhavam estacionar veículos elétricos na garagem subterrânea.

Entretanto, a organização disse que os códigos básicos de incêndio não levam em consideração os veículos elétricos nem os diferenciam dos veículos a gasolina. “Dissemos a eles que, se fossem instalar uma estação de carregamento, isso deveria ser feito em consulta com o oficial de bombeiros para garantir que, como qualquer sistema de energia elétrica, ele atendesse ao código de incêndio”.

“Mas não há orientação nem autorização sobre estações de carregamento, nem sobre o uso ou estacionamento de veículos elétricos”, afirmou o porta-voz. Lipsher reiterou que esta decisão foi tomada inteiramente pelo condomínio. Ele disse que, ao seu conhecimento, não houve incêndios com veículos elétricos na jurisdição da organização, mas houve “numerosos incêndios envolvendo veículos convencionais [a combustão ou a gás] ao longo dos anos”.

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