O Instituto de Tecnologia Aeroespacial (ATI) do Reino Unido acaba de revelar o conceito de um jato movido a hidrogênio, que será capaz de fazer voos de forma tão viável quanto às aeronaves de hoje. Prometendo o mesmo conforto para os passageiros e a mesma velocidade, o projeto FlyZero traz um avião de médio porte com um detalhe: emissão zero de carbono.
Transportando até 279 passageiros, o jato a hidrogênio apresentado é capaz de voar sem escalas uma distância como a de Londres, capital da Inglaterra, ao Rio de Janeiro. Ou ainda, a aeronave pode realizar um voo de Londres a Sydney, na Austrália, com uma só escala para reabastecimento. O alcance do veículo, segundo o ATI, é de 5.250 milhas náuticas (4.473 quilômetros).
![aeronave sobrevoando São Francisco](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/12/aviaoMeio-1024x680.jpg)
A aeronave do projeto apresenta uma envergadura de 54 metros, sendo movida por dois motores turbofan. O instituto britânico diz que seu avião-conceito teria tanques de combustível criogênico na fuselagem traseira para o armazenamento de hidrogênio a 250 graus Celsius negativos.
Dois tanques menores estariam alocados ao longo da fuselagem dianteira, mantendo o avião equilibrado à medida que o combustível fosse usado. O ATI espera que, em meados da década de 2030, aviões eficientes a hidrogênio sejam uma opção mais econômica do que os aviões atuais. Isso ocorre em parte porque outros setores estão migrando para o hidrogênio, o que provavelmente reduzirá os custos de abastecimento.
Voos sustentáveis
![jato a hidrogênio estacionado no aeroporto](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/12/aviao_2-1024x692.jpg)
O voo movido a hidrogênio tem sido observado como uma opção viável enquanto os aviões elétricos comerciais ainda trabalham no desenvolvimento de baterias mais leves e potentes. No entanto, a infraestrutura para reabastecimento dos aviões ainda não existe, e o hidrogênio é mais caro e difícil de armazenar a bordo do que o combustível à base de querosene.
O projeto FlyZero planeja publicar descobertas mais detalhadas no início do próximo ano, incluindo conceitos para aeronaves regionais, de corpo estreito e médio, relatórios econômicos e de mercado, roteiros para a tecnologia necessária e uma avaliação de sustentabilidade.
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