Nesta segunda-feira (6), a Agência Espacial Europeia (ESA) realizou uma cerimônia em sua sede, em Paris, para assinar um contrato com a Airbus para o projeto e construção do Sensoriamento Remoto Atmosférico Infravermelho de Exoplanetas, o satélite Ariel, com lançamento planejado para 2029.

Impressão artística do satélite de observação de exoplanetas Ariel da ESA. Crédito: Airbus

Ariel é a última de um trio de missões dedicadas a exoplanetas concebidas pela ESA com foco em estudar esses corpos planetários sob vários aspectos. Ele seguirá Cheops, que foi lançado em 2019, e Plato, com lançamento previsto para 2026.

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Segundo a ESA, Ariel vai analisar a composição dos exoplanetas, como se formaram e como evoluem, levantando uma amostra diversa de cerca de mil planetas extrasolares simultaneamente em comprimentos de onda visível e infravermelho.

Missão Ariel, da ESA, pode fornecer informações primordiais sobre as fases iniciais do universo

Ainda de acordo com a agência, essa é a primeira missão dedicada a medir a composição química e estruturas térmicas de exoplanetas, ligando-os ao ambiente da estrela hospedeira. “Isso preencherá uma lacuna significativa em nosso conhecimento de como a química do planeta está ligada ao ambiente onde se formou, ou se e como o tipo de estrela hospedeira impulsiona a física e a química da evolução do planeta”, diz a ESA em comunicado.

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As observações desses mundos poderão fornecer percepções sobre os estágios iniciais da formação planetária e atmosférica e sua evolução subsequente, contribuindo para a compreensão de todo o sistema solar. Eles também podem ajudar a descobrir se há vida em outro lugar do universo e se existe outro planeta como a Terra.

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“Com este marco para a missão da Ariel, celebramos a continuação do excelente relacionamento com nossos parceiros da indústria para manter a Europa na vanguarda da excelência no campo da pesquisa de exoplanetas na próxima década e além”, disse Günther Hasinger, Diretor de Ciência da agência.

Para o gerente do projeto Arial na ESA, Jean-Christophe Salvignol, “é uma fase emocionante em uma missão avançar com um projeto escolhido e designar um empreiteiro principal”.

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Airbus lidera consórcio para desenvolvimento de módulo de carga útil 

Além de liderar o consórcio industrial europeu que construirá o satélite, a Airbus fornecerá experiência e suporte à ESA para o desenvolvimento do módulo de carga útil. A instalação de Toulouse, na França, será o local principal para projetar, fabricar e integrar os elementos da espaçonave, enquanto a Airbus Stevenage, no Reino Unido, ficará com a responsabilidade da engenharia aviônica, comunicação de radiofrequência e projeto elétrico da plataforma.

“A Airbus tem ampla experiência na liderança de missões científicas inovadoras, incluindo Juice, Gaia, Solar Orbiter, Lisa Pathfinder e Cheops, nas quais estamos nos baseando para a mais recente missão científica da ESA, Ariel”, disse Jean-Marc Nasr, chefe de Sistemas Espaciais na Airbus.

O módulo de carga útil da missão, que inclui um telescópio criogênico de classe de um metro e instrumentos científicos associados, é fornecido pelo Ariel Mission Consortium, um consórcio composto por mais de 50 institutos de 17 países europeus. A Nasa também contribui para a carga útil.

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