A empresa britânica Electric Aviation Group (EAG) e a Universidade de Nottingham anunciaram a criação de uma joint venture focada no desenvolvimento de uma aeronave elétrica a hidrogênio com 90 lugares. Denominado H2ERA, o veículo aéreo híbrido está sendo pretendido para antes de 2030, ou seja, realizando voos regionais oficialmente em menos de uma década.
O conceito de emissão zero foi apresentado pela EAG em 2020. Seu alcance sustentável está baseado em reduções de 100% não apenas em carbono (CO2), mas também em emissões de óxido de nitrogênio (NOx).
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Voos silenciosos e mais em conta
Segundo a empresa, os aviões serão capazes de operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um alcance que permite chegar a até 3 mil aeroportos em todo o mundo. Como a maioria dos veículos elétricos ou híbridos, o H2ERA de 90 lugares também promete ser “silencioso”, com níveis de ruído mais de 65% inferiores aos de aeronaves turboélice convencionais do mesmo tamanho. Além disso, a aeronave está sendo considerada pelo menos 50% mais lucrativa do que as alternativas atuais de turboélice.
A H2EPS Ltd (Hydrogen Hybrid Electric Propulsion Systems) joint venture da empresa com a prestigiada instituição educacional pública da Inglaterra, surge com o objetivo de desenvolver e comercializar sistemas de propulsão elétrica classe kW-MW (supercondutores e não supercondutores) para aplicações aeroespaciais e não aeroespaciais.
O foco principal será um sistema de 2 Megawatts para futuras aeronaves elétricas a hidrogênio, mas a nova empresa planeja estender suas soluções para aplicações não aeroespaciais também. Os trabalhos visam a missão de acelerar a descarbonização do setor de aviação.
A universidade já havia demonstrado sistemas de propulsão de aeronaves semelhantes de até 4MW/5MVA. Agora, a instituição fornecerá sua vasta experiência e capacidades de pesquisa para este novo projeto.
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