Com o crescimento da indústria de criptomoedas, membros do Parlamento do Reino Unido e ativistas pressionam o governo do país para adotar posturas mais rígidas. Diante das crescentes preocupações, as exigências visam proteger os consumidores.
“É o Velho Oeste, esta área cinzenta entre investimentos financeiros altamente alavancados de um lado e esses produtos que poderiam ser facilmente e sensatamente considerados jogos de azar”, disse Richard Holden, parlamentar conservador britânico, ao site iNews.
Leia mais:
- 5G: Anatel e Embraer vão testar se internet pode atrapalhar pouso de aviões no Brasil
- Até 2023, mercado de games pode somar mais de US$ 200 bilhões
- Estados Unidos e Airbnb fecham acordo sobre descumprimento das sanções de Cuba
Mas a preocupação não se resume a esse espectro político. Ela também chega do lado progressista. Matt Zarb-Cousin, um ex-assessor do Partido Trabalhista britânico, avalia principalmente os interesses dos clubes de futebol em criptomoedas vendidas como tokens de fãs para os torcedores.
Alguns times já chegaram a gastar mais de US$ 350 milhões em tokens de torcedor. No Reino Unido, um dos times com esses ativos é o Arsenal. No Brasil, por exemplo, Flamengo, Corinthians e Palmeiras são alguns dos clubes que vendem criptoativos.

“Uma coisa é os clubes de futebol comercializarem o jogo para os torcedores, o que poderia levar as pessoas a destruir suas vidas como consequência, mas acho que está em outro nível. É ainda pior oferecer um caminho para a criptomoeda com o pretexto de capacitá-los em uma área totalmente desregulada”, disse Zarb-Cousin.
Desde o começo do ano passado, o Reino Unido encara a indústria de criptomoedas com ceticismo. Em janeiro de 2021, a Financial Conduct Authority (FCA), Autoridade de Conduta Financeira, listou suas preocupações com o setor, incluindo a falta de proteção ao consumidor.
Via: Decrypt
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!