Bebês que nasceram no primeiro ano da pandemia da Covid-19 apresentam pequenos atrasos no desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Esse atraso se dá quando essas capacidades são comparadas com as de crianças nascidas um pouco antes da pandemia.

Os dados são de um pequeno estudo realizado na Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Jama Pediatrics e não têm relação com o fato de as mães terem ou não contraído a Covid-19 durante a gestação.

Testes simples

bebê com microplástico
Testes envolveram, entre outras coisas, a manipulação de brinquedos. Imagem: Chubykin Arkady (Shutterstock)

Em um estudo com 255 bebês, os pais foram questionados sobre as habilidades de comunicação, motoras, de resolução de problemas e sociais de seus filhos. Essas habilidades incluem coisas simples, como gritar, rolar, sorrir e manipular brinquedos.

As principais diferenças encontradas foram em habilidade motoras grossas e finas, que incluem rolar de barriga ou de costas, ou pegar um brinquedo com as duas mãos. As pontuações médias foram mais baixas num comparativo com 52 bebês nascidos nos mesmos hospitais, mas pouco antes da pandemia.

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Pesquisadores ficaram surpresos

Os resultados foram surpreendentes para os pesquisadores. Eles acreditavam que a contaminação da mãe por Covid-19 era que determinava os atrasos no desenvolvimentos dos bebês, não o momento em que eles nasceram em relação à pandemia.

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Porém, eles têm uma possível explicação para isso, que é o nível de estresse que uma pessoa grávida pode ter passado ao ter uma gestação em meio à maior crise sanitária da nossa geração. Isso explicaria o fato de os atrasos aparecerem como pequenas mudanças nas médias e não nas taxas gerais.

Sem motivo para pânico

“Queremos que os pais saibam que as descobertas em nosso pequeno estudo não significam necessariamente que esta geração será prejudicada mais tarde na vida”, disse o autor principal do estudo, Dani Dumitriu, em uma coletiva de imprensa.

Segundo o pesquisador, esse é um nível bastante inicial do desenvolvimento das crianças, logo, existem muitas possibilidades de intervenção. Com isso, não só é possível, como provável, que esses “bebês da pandemia” serão colocados no caminho certo em sua trajetória de desenvolvimento.

Via: Insider

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