O grupo Volkswagen e a Bosch assinaram na terça-feira (18) uma carta de intenções com o objetivo de estabelecer uma empresa que forneça soluções para equipamentos de bateria na Europa. A joint venture planeja oferecer sistemas integrados para produção de baterias e suporte de ram-up (aceleração de produção) e manutenção para fabricantes de células.
O acordo, feito de forma remota, foi assinado por Thomas Schmall, membro do conselho de administração responsável por tecnologia da Volkswagen, e Rolf Najork, membro do conselho de administração do grupo Bosch. Na raiz do compromisso, há a necessidade de prover uma fabricação em larga escala de células e sistemas de bateria para atender à demanda do mercado global, atualmente assolado pela crise dos chips.
“A Europa tem uma chance única de se tornar uma potência global de baterias nos próximos anos”, disse Schmall, em comunicado à imprensa. “Há uma demanda forte e crescente para todos os aspectos da produção de baterias, incluindo o equipamento de novas gigafábricas.”
A Volkswagen adere ainda a uma tendência crescente em que as montadoras encontram formas de diversificar suas receitas, oferecendo serviços para os concorrentes. Também na terça, Ford e ADT formaram joint venture para criar um sistema de monitoramento de veículos que pode ser conectado a qualquer marca ou modelo de carro.
“Nossa decisão de nos engajar ativamente na integração vertical da cadeia de valor para fabricação de baterias irá explorar novos e consideráveis polos de lucro”, complementou Schmall. “Estabelecer uma cadeia de suprimentos totalmente localizada na Europa para mobilidade elétrica marca uma oportunidade rara na história dos negócios.”
Independência dos chineses
O acordo entre Volkswagen e Bosch manifesta uma tentativa de cortar a dependência europeia das fabricantes de bateria na Coreia do Sul e na China. De acordo com a European Battery Alliance, um terço das baterias globais teria que ser produzida no Velho Continente até o fim da década para solucionar o problema. Mas, até então, as fábricas que geram menos de 900 gigawatts-hora de capacidade na Europa devem representar apenas 16% da produção global por volta de 2029.
Volkswagen e Bosch não informaram, até o presente, o valor total do investimento na joint venture.
Crédito da imagem principal: Volkswagen/Divulgação (no detalhe, executivos da Volkswagen reunidos de forma presencial à frente, com os executivos da Bosch na fileira de trás)
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